A AOW está a preparar-se para receber cerca de 45 ministros e líderes governamentais, representando 66% dos governos africanos. O Dubai encontra-se agora entre uma pequena parcela de locais no mundo para os quais não existem atualmente restrições de viagem. Na sequência de uma decisão do governo dos Emirados Árabes Unidos e do Turismo do Dubai, os viajantes de todos os países são agora bem-vindos ao Dubai.
Tudo o que precisam de ter é um certificado de teste PCR negativo à COVID-19, que se tornou o procedimento de viagem padrão na era COVID-19. Esta é uma boa notícia para os muitos representantes que planeiam assistir à Africa Oil Week (AOW) no Dubai, em novembro de 2021.
Os viajantes da maioria dos países terão de mostrar os resultados de um teste negativo realizado não mais de 72 horas antes da partida. Os viajantes que chegam do Bangladesh, Índia, Indonésia, Nigéria, Paquistão, África do Sul, Sri Lanka, Uganda, Vietname e Zâmbia devem seguir um procedimento ligeiramente diferente.
Estes viajantes devem possuir um certificado válido de teste PCR negativo à COVID-19, com um código QR emitido no prazo de 48 horas após a colheita da amostra por uma unidade de saúde aprovada. E devem ter um relatório de teste de PCR rápido com um código QR para um teste realizado no aeroporto de partida no prazo de seis horas após a partida.
Os viajantes de países selecionados serão também obrigados a fazer um teste final à chegada ao Dubai. "Saudamos o alívio das restrições", afirma Chris Hall, Diretor de Eventos do Grupo da AOW. "Indicam que o Dubai está mais uma vez recetivo aos negócios e tranquilizam-nos pela nossa decisão de transferir temporariamente a AOW para o Dubai.
"Enquanto esperamos regressar à Cidade do Cabo em 2022, acreditamos que esta mudança é do interesse dos nossos representantes e irá ajudar-nos a realizar o único evento seguro e presencial sobre energia para África, durante este ano."
A AOW está a preparar-se para receber cerca de 45 ministros e líderes governamentais, representando 66% dos governos africanos, incluindo o Gana, Uganda, Senegal, Costa do Marfim, Quénia e a República do Congo.
As equipas executivas dos principais intervenientes do petróleo e gás do continente, tais como TotalEnergies, Eni, Equinor, Tullow Oil, Perenco, Panoro e Seplat, estarão também presentes. O potencial para uma participação significativa, após um hiato induzido pela pandemia, foi bem recebido por todos.
O alívio das restrições de viagem não significa, obviamente, que o Dubai ou a AOW estejam a relaxar nas suas intervenções para manter os representantes em segurança.
"Desde o início da pandemia, foi implementada uma estratégia sólida, sendo a principal prioridade a salvaguarda da saúde e bem-estar dos nossos habitantes e visitantes", afirma Issam Kazim, CEO da Dubai Corporation for Tourism and Commerce Marketing.
"Continuamos a implementar os mais elevados padrões de higiene e medidas de precaução da COVID-19 em toda a cidade, com inspetores a efetuarem verificações no local nos estabelecimentos aos quais foi atribuído o selo de garantia 'Dubai Assured', de duas em duas semanas, para assegurar o cumprimento contínuo. "Estes esforços, juntamente com os progressos que estão a ser feitos com o lançamento do programa de vacinação a nível nacional, são fundamentais para gerir o vírus e proporcionar paz de espírito aos habitantes e visitantes..."
"Para quem viaja do Reino Unido, o Dubai continua a ser uma opção mais fácil do que a África do Sul nesta fase, uma vez que esta última continua na lista vermelha do Reino Unido", acrescenta Hall da AOW. "Os Emirados Árabes Unidos estão na lista amarela do Reino Unido, o que significa que os viajantes totalmente vacinados não precisarão de ficar de quarentena quando chegarem a casa."
Juntamente com os seus parceiros oficiais, incluindo a Emirates (companhia aérea), a AOW espera que o seu próximo evento seja o início do regresso das reuniões presenciais seguras em todo o mundo.
Distribuído pela APO Group em nome da Africa Oil Week. (Carta)
Entre os meses de Abril e Junho, a confiança empresarial do sector da construção continuou em queda pelo sexto trimestre consecutivo, tendo o respectivo saldo continuado abaixo da média da respectiva série temporal.
Dados recentemente publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) explicam que a avaliação desfavorável da confiança foi influenciada pela queda de todos os componentes do indicador síntese do sector, com maior destaque para a carteira de encomendas, bem como da perspectiva do volume de negócios, que diminuíram substancialmente no período em análise.
“A situação pouco abonatória da confiança do sector foi extensiva à actividade actual, facto que ocorreu numa perspectiva também de estabilização dos preços futuros”, acrescenta o INE.
Em termos de desafios do sector da construção, a autoridade estatística observou que cerca de 46% das empresas registaram, no trimestre de referência, alguma limitação no desempenho normal da sua actividade, o que representou um incremento de 8% de empresas em dificuldades face ao trimestre anterior.
Segundo a fonte, os principais obstáculos do sector continuaram a ser a baixa procura (40%), a falta de acesso ao crédito (12%), as condições climatéricas desfavoráveis (11%) e os outros factores não especificados (24%), em ordem de importância. (Carta)
A taxa única de referência para as operações de crédito de taxa de juro variável no sistema financeiro moçambicano (ou Prime Rate) não abranda há sete meses, facto que não é bem visto por empresários e famílias com crédito na banca. É que quanto mais elevada é a Prime Rate, maiores são as taxas de juro na banca comercial para as famílias e empresas.
De acordo com um comunicado emitido pelo Banco de Moçambique e Associação Moçambicana de Bancos (AMB), a Prime Rate a vigorar no mês de Setembro corrente é de 18,90%, taxa que vigora desde Abril passado, depois de subir em Março, dos anteriores 17.80%.
A Prime Rate aplica-se às operações de crédito contratualizadas (novas, renovações e renegociações) entre as instituições de crédito e sociedades financeiras e os seus clientes, acrescida de uma margem (spread) adicionada ou subtraída à taxa, mediante a análise de risco de cada categoria de crédito ou operação em concreto.
Assim, os spreads das 15 instituições bancárias constantes no comunicado indicam que, para empréstimos a particulares, a margem varia de 1.2% a 6% para o crédito à habitação e de 3% a 14,5% no crédito ao consumo.
Para empresas, as margens variam de 0 a 6% para prazos de até um ano e de 1% a 5.2% em empréstimos de longo prazo. No leasing mobiliário, a margem varia de 0.87% a 7.7%, enquanto no leasing imobiliário, o spread varia de 1.2% a 7.7%. (Carta)
A Broll Property Group apresenta no API Summit 2021 uma visão aprofundada sobre o futuro do mercado imobiliário em África na próxima década como parte da sua nova estratégia quinquenal, além de relatórios detalhados sobre os mercados emergentes de Moçambique e da RDC.
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MAPUTO, Moçambique, 7 de setembro 2021/ -- O fornecedor líder de serviços imobiliários profissionais pan-africanos Broll Property Group (www.Broll.com) prevê que o mercado imobiliário africano se normalize e regresse aos níveis pré-Covid-19 no primeiro trimestre de 2023. Esta é a mensagem principal do CEO da Broll Group Malcolm Horne, que fará uma palestra no 12.º Africa Property Investment (API) Summit 2021 de 6 a 10 de setembro.
"O nosso sucesso é construído com base num conhecimento e experiência aprofundados e assente numa compreensão tangível dos mercados locais em toda a África. Tal permite-nos oferecer soluções imobiliárias de ponta a ponta baseadas em serviços imobiliários estratégicos e totalmente integrados para os segmentos dos residentes e dos investidores. Na qualidade de fornecedor líder de soluções imobiliárias de ponta a ponta, estamos a monitorizar uma correlação interessante referente à relação potencial entre a implementação da vacinação em África e a respetiva recuperação económica em todo o continente", afirma Horne.
Isto é particularmente importante para a missão da Broll de alavancar as suas plataformas de tecnologia patenteada líderes no setor e aumentar o valor dos ativos no âmbito de um mercado imobiliário sustentável. "Não acho que teremos necessariamente a mesma tendência que se observa nos países de Primeiro Mundo, em que se prevê que a maior parte dos empregos perdidos devido à Covid-19 serão em larga medida recuperados até ao final do ano. Este será um importante impulsionador da recuperação global."
Muitas das tendências que dominam atualmente o mercado imobiliário internacional já eram preponderantes ou em ascensão antes da Covid-19. "Muitas das tendências que vimos, seja globalmente ou em África, estabeleceram as suas raízes antes da pandemia. Não se trata apenas de a Covid-19 conduzir inesperadamente a uma mudança massiva. Acelerou as tendências do mercado, especialmente porque os setores agora beneficiários já haviam começado a crescer antes da Covid-19."
Observando o mercado imobiliário internacional, Horne afirma que atualmente os vencedores óbvios são a indústria, os centros de dados e o estilo de vida, este último focado no bem-estar e na vida saudável, bem como nos cuidados de saúde. "Estes saíram-se muito bem. No entanto, se compararmos com África, também eles se saíram igualmente bem."
Assim, parece haver uma correlação real transversal aos setores resilientes que mais se destacaram. Em África, a indústria, os centros de dados e os hospitais têm estado na vanguarda de diversos desenvolvimentos. Num plano secundário, entre os setores emergentes de investimento que estão a ganhar força rapidamente incluem-se o armazenamento refrigerado, as instalações de autoarmazenamento e as habitações a preços acessíveis.
"Os verdadeiros desafios encontram-se nos escritórios, no retalho e nos hotéis", afirma Horne. No caso do retalho, o setor continua a atrair investimentos. "Sim, houve grandes retalhistas a sair de alguns mercados africanos, mas, se olharmos para a tendência internacional, um grande número de proprietários investiu efetivamente em retalhistas para garantir o seu relançamento. Observámos uma tendência semelhante em África relativamente ao ressurgimento do interesse dos investidores locais no setor retalhista."
No âmbito do setor dos escritórios e do fenómeno global do "trabalho a partir de casa", em que se prevê um regresso geral ao ambiente de escritório no terceiro trimestre deste ano, com grande probabilidade de adoção de um modelo híbrido, África revela-se uma exceção interessante. "Devido à lenta distribuição de vacinas em todo o continente, muitas empresas ainda estão a trabalhar remotamente."
No entanto, Horne não espera que o setor dos escritórios encolha necessariamente à medida que as empresas reduzem pessoal ou se consolidam. "Os escritórios terão de ser reaproveitados para aumentar o espaço entre os trabalhadores, o que resultará em menos funcionários por metro quadrado e na adoção de soluções de espaço de trabalho mais flexíveis. Por conseguinte, haverá menos pessoas, mas o espaço permanecerá o mesmo."
Horne está otimista quanto ao futuro impacto da Covid-19, especialmente porque a missão da Broll é "fortalecer o núcleo" do negócio para que possa permanecer resiliente e flexível. O Grupo tem uma estratégia quinquenal claramente definida para o levar "além de 2021" e preparar o negócio para o futuro, à medida que continua a explorar oportunidades de crescimento e expansão em África.
No que respeita à futura trajetória da Covid-19, é provável que as vacinas ganhem globalmente um grande dinamismo no quarto trimestre deste ano. Embora a taxa de vacinação permaneça baixa em África, há um período de atraso que deve ser levado em consideração. "Desta forma, estimamos agora que o impacto da Covid-19 ainda será sentido por mais um ano, pelo menos", prevê Horne.
"Esperamos que, no primeiro trimestre de 2023, os problemas de oferta e procura de vacinas tenham sido amplamente resolvidos, com um fornecimento suficiente em África para que consigamos ganhar impulso em todo o continente no âmbito da campanha de vacinação. Isso será positivo e marcará o início de uma aceleração da atividade económica. Na maioria dos países, as pessoas estão de volta aos centros comerciais e ao consumo. É crucial que os confinamentos não sejam instituídos novamente e é por isso que uma distribuição bem-sucedida da vacina é tão crucial.
"Por conseguinte, no início de 2023, as economias africanas começarão a normalizar-se e a voltar aos níveis de atividade anteriores à Covid-19. Já estamos a observar esta mudança globalmente, em que as economias têm planos para a criação, reformulação e expansão de empregos já no final do ano. No entanto, não prevemos qualquer movimento significativo no mercado de investimento, muito provavelmente até ao segundo trimestre do próximo ano."
Apesar destes desafios, a Broll continua comprometida com um pensamento centrado no futuro com vista a desvendar novas soluções, oportunidades e parcerias, especialmente em toda a África. "A frase 'fortalecer o nosso núcleo' é uma síntese perfeita desta abordagem, pois revela como semeamos para alavancar a nossa experiência e continuarmos a promover a inovação e o crescimento em tudo o que fazemos."
Horne destaca que o API Summit é uma plataforma que atrai investidores e residentes, fornecedores de serviços e financiadores. "É um dos poucos eventos no continente que é realmente um agregador de quem está interessado em ser residente ou investir em imóveis. É ainda transversal a todos os setores, do residencial ao comercial."
Os oradores de alto nível que marcam presença no evento também percorreram um longo caminho para definir o tom e as tendências do mercado imobiliário em África. "Isto não mostra apenas a importância do evento, mas o importante papel que o imobiliário desempenha na construção de economias e na criação de empregos. Foi repetidamente demonstrado que o setor imobiliário é um dos maiores criadores de empregos nas economias em desenvolvimento. Se os países conseguirem formalizar, desenvolver, expandir e reconstruir o seu setor imobiliário, não só gerariam empregos e riqueza, como poderiam alcançar uma transformação económica generalizada."
Um dos mercados emergentes que a Broll abordará durante uma apresentação no API Summit 2021 é Moçambique. "Temos todos os principais setores imobiliários presentes neste mercado", afirma Jose Castilho, sócio cofundador e CEO da Broll Mozambique (www.Broll.co.mz), uma joint venture com a Broll Property Group. Sendo um país em desenvolvimento, o atual foco principal é no âmbito residencial, retalhista e logístico, bem como no desenvolvimento de escritórios nas principais áreas de atividade económica como Maputo.
Com uma população de 30 milhões de habitantes, Moçambique oferece importantes oportunidades para investidores, especialmente na área residencial e de retalho, que são ainda setores largamente subdesenvolvidos e com muito potencial. Castilho realça a importância de ter implementada uma estrutura de investimento resiliente. O ciclo de construção pode facilmente durar três anos, enquanto o tempo de comercialização é de 1,5 a três anos, o que exige estratégias financeiras de longo prazo. "O sucesso pode ser definitivamente alcançado no mercado moçambicano através do desenvolvimento de imóveis de qualidade em locais selecionados. Lembrem-se de que o mercado imobiliário é um jogo de longo prazo."
Outro mercado emergente não necessariamente equiparado ao mercado imobiliário em África é o da República Democrática do Congo (RDC). Patrick Katabua, Account Director, Africa Desk na Cushman & Wakefield | BROLL (www.Broll.com), originário da RDC, mas estabelecido em Joanesburgo, fará uma apresentação descrevendo como o mercado imobiliário da RDC está a "desenvolver-se progressivamente" em comparação com o que era há três ou cinco anos.
"De uma perspetiva de crescimento e desenvolvimento, isto é facilmente visível. Contudo, é bastante complexo comparar o mercado imobiliário da RDC com o da Nigéria ou do Quénia que, por exemplo, estabeleceram mercados bolsistas e grandes fundos imobiliários. Este ainda não é o caso da RDC. Desta forma, o seu setor imobiliário não está tão formalizado quanto as demais potências económicas do continente."
Devido ao facto de a RDC estar a crescer a partir de uma base relativamente baixa, ela apresenta oportunidades em todas as áreas, desde habitações a preços acessíveis ao setor industrial, da saúde e comercial. "Trata-se de encontrar o parceiro certo e promover uma solução que faça sentido para aquele âmbito específico. Um elevado número de grandes marcas descobriu que o modelo 'copiar e colar' realmente não funciona no resto de África. É necessária uma adaptação ao contexto local."
Katabua afirma: "O nosso modelo atual é prestar o melhor serviço aos nossos clientes, seja em transações, serviços de consultoria, avaliações ou produção de relatórios de mercado personalizados. O nosso objetivo é representar os interesses dos nossos clientes desde a conceção até à conclusão e colaboramos com os melhores especialistas locais na matéria para garantir uma disponibilização sólida dos serviços." As melhorias no âmbito dos parâmetros relativos à "facilidade de fazer negócios" e a um melhor cenário político e económico resultaram no aumento dos interesses dos investidores, o que desbloqueia positivamente o mercado imobiliário.(Carta)
Durante o segundo trimestre deste ano, a Vale Moçambique esteve perto de duplicar os níveis de produção de carvão, comparativamente aos primeiros três meses de 2021. A produção do segundo trimestre registou um incremento de 92% em relação ao trimestre anterior, situando-se em 2,1 milhões de toneladas. No transporte de carvão, a empresa movimentou 1.9 mil milhões de toneladas, o correspondente um crescimento de 83%, em relação ao trimestre anterior, refere o Relatório Financeiro e de Produção da Vale Moçambique.
A produção e transporte de carvão foram afectados pela conclusão tardia do processo de manutenção das plantas de processamento na Mina de Moatize e o regimento de confinamento, por conta da pandemia da Covid-19.
Por seu turno, o transporte de carga geral atingiu a marca de 126 mil toneladas, o que representa um crescimento de 65%, em relação aos primeiros 3 meses de 2021, mesmo tendo sido impactado pelas obras de manutenção da linha férrea ligando Nkaya e Blantyre (no Malawi) e pela redução do comércio internacional associado ao coronavírus.
No período em análise, a empresa transportou cerca de 55 mil passageiros, representando um crescimento de 17%, em relação ao primeiro trimestre deste ano. O aumento do volume de passageiros está relacionado com a retoma gradual da actividade económica, face aos receios da covid-19.
De acordo com o Relatório Financeiro e de Produção da Vale Moçambique, com a venda do carvão, no segundo trimestre, a empresa arrecadou 168 milhões de dólares, que correspondem a um aumento de mais 56 milhões, em comparação com o primeiro trimestre.
Refira-se que a Vale está empenhada em deixar uma operação competitiva ao mesmo tempo em que trabalha para assegurar uma saída responsável em Moçambique, procurando um investidor que possa salvaguardar os interesses de todas as partes.
A saída da Vale do negócio de carvão em Moçambique, está em linha com o foco da empresa em tornar-se carbono neutro até 2050 e em reduzir em 33% as suas emissões até 2030. (Carta)
A economia do sector privado moçambicano sofreu um declínio no mês de Agosto, devido às maiores restrições provocadas pelo aumento dos casos de Covid-19, revela relatório de um inquérito feito no referido mês aos gestores das empresas privadas no país.
“A produção, novas encomendas e aquisições sofreram quedas abruptas desde Janeiro, enquanto os níveis de emprego subiram a um ritmo muito menos acentuado. Apesar do abrandamento para o nível mais baixo nos últimos cinco meses, a confiança nas empresas manteve-se forte devido à respectiva antecipação da melhoria das condições económicas”, refere o documento.
Produzido pelo Standard Bank, o inquérito tem como principal valor calculado, o Purchasing Managers’ Index (PMI). Determina que valores acima de 50,0 apontam para uma melhoria nas condições das empresas no mês anterior, ao passo que valores abaixo de 50,0 mostram uma deterioração. “Em Agosto, o PMI desceu para 47,9, o valor mais baixo dos últimos sete meses, uma queda do valor de 51,8 registado em Julho e a primeira vez que este valor se cifra abaixo dos 50,0 nos últimos cinco meses”, relata a fonte.
De acordo com o relatório do inquérito, as empresas inquiridas associaram predominantemente o declínio à restrição das medidas de combate à Covid-19, incluindo o recolher obrigatório, encerramento temporário das empresas e a proibição de ajuntamentos sociais. Estas medidas originaram uma forte queda da procura por parte dos clientes e um declínio na capacidade das empresas, com os índices de produção e de novas encomendas a registarem os valores mais baixos desde Janeiro.
“Os dados do sector indicam que as áreas do fabrico e dos serviços foram as mais afectadas, sendo que as empresas de agricultura também notaram uma quebra na procura. Em sentido contrário, o sector da construção foi o único a conhecer aumentos constantes em termos de produção e do número de novas encomendas”, detalha o documento.
O relatório do inquérito assinala ainda que, durante o mês de Agosto, os fornecedores praticaram preços mais baixos, com a reduzida procura de meios de produção, o que resultou na primeira descida dos custos de aquisição desde Novembro de 2020.
Relata ainda que os custos com pessoal também sofreram uma redução no período do último inquérito. Como resultado, o aumento geral dos custos dos meios de produção abrandou para o nível mais baixo dos últimos três meses, com a pressão ascendente a dever-se maioritariamente ao aumento dos preços do transporte.
Apesar da perda acentuada do impulso no mês de Agosto, a nossa fonte assegura que as empresas continuam a apostar na mão-de-obra, embora a taxa de criação de emprego tenha suavizado consideravelmente desde Julho. Assegura ainda que os empresários permanecem confiantes de que a produção irá voltar a crescer nos próximos 12 meses, pois, vários gestores entrevistados acreditam que as interrupções causadas pelas restrições da Covid-19 serão de curta duração.
O PMI do Standard Bank Moçambique é compilado a partir das respostas aos questionários enviados aos directores de compras de um painel de cerca de 400 empresas do sector privado. O painel é estratificado por sector específico e dimensão das empresas em termos de número de colaboradores, com base nas contribuições para o Produto Interno Bruto (PIB). Os sectores abrangidos pelo inquérito incluem a agricultura, a mineração, o sector manufactureiro, a construção, o comércio por grosso, o comércio a retalho e os serviços. (Carta)