De acordo com a previsão sazonal para o período de Outubro a Dezembro, há probabilidade de ocorrência de chuvas normais com tendência para acima do normal em toda a região sul e maior parte da zona centro. Para algumas partes do centro e norte, prevê-se chuvas normais com incidência em Nampula, Zambézia e Niassa.
Na região norte, particularmente em toda a extensão da província de Cabo Delgado, noroeste de Nampula e partes da província do Niassa, prevê-se chuvas normais com tendência para abaixo do normal.
Os dados resultam da avaliação dos peritos da área do clima dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reunidos no 25° Fórum Anual do Clima Regional da África (SARCOF-25), realizado virtualmente a partir do Botswana, entre os dias 30 a 31 de Agosto de 2021, para elaboração da Previsão Climática Sazonal de consenso para a época chuvosa 2021/2022 da região.
Para Moçambique, a previsão sazonal foi elaborada usando as condições das temperaturas da superfície do mar (SST’s, sigla Inglesa) prevalecente durante o mês de Julho de 2021 e também das condições atmosféricas prevalecentes e previstas para os períodos em análise.
As projecções dos modelos dinâmicos e estatísticos apontam para el Nino neutro com tendências para la Nina.
Tendo em conta os dados em análise, espera-se para a região norte, em particular para as províncias de Cabo Delgado e Nampula, um Índice de Satisfação das Culturas abaixo de 60 por cento e entre 85 a 100 por cento para as províncias de Manica, Sofala, Tete e numa pequena faixa a oeste da Zambézia.
Para as províncias de Gaza, Inhambane e Maputo espera-se igualmente um Alto Índice de Satisfação das Culturas entre 85 a 100 por cento.
O prognóstico da estação chuvosa recomenda para a região sul sementeiras normais com uso de variedades de ciclo curto tanto de polinização aberta como híbridas (para o caso do milho como ZM 523, Gema, Gogoma e Dimba); podendo ser usadas também variedades híbridas (Olipa e PAN53) nos distritos a sul de Maputo e em sistemas irrigados, incluindo arroz, mapira e feijão-nhemba (timbawene IT 18, IT 16, IT 82E-16, IT 97K-1069-6 e IT).
Para o estudo de interpretação da previsão climática sazonal para a Agricultura foram usados dados das estações nacionais com uma série climática de pelo menos 30 anos de registo de precipitação (devido à grande variabilidade interanual deste parâmetro) entre Outubro a Dezembro e Janeiro a Março. (F.I.)
O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) emitiu, na manhã desta quarta-feira, um alerta laranja, anunciando a possibilidade de ocorrência, hoje, de calor intenso na região sul do país. De acordo com o INAM, os termómetros indicam que o tempo será caracterizado por muito calor e humidade, com as temperaturas máximas a rondarem entre os 37 e 40º Celsius.
De acordo com o alerta laranja, o calor intenso será sentido nas províncias de Inhambane (principalmente, nos distritos de Zavala, Inharrime, Panda, Homoine, Funhalouro e Mabote); Gaza (Bilene, Chókwè, Guijá, Chongoene, Chibuto, Mandlakazi, Mabalane, Massingir, Mapai, Chicualacuala, Massangena, Chigubo, Limpopo e Xai-Xai); Maputo (Matutuine, Namaacha, Boane, Moamba, Magude, Marracuene, Manhiça e Matola); e na Cidade de Maputo.
O boletim emitido refere que, em Maputo, a temperatura máxima será de 39º Celsius e, em Gaza, será de 37º Celsius. Aliás, as duas províncias serão as mais quentes do país. Face ao desconforto do calor, o INAM recomenda a tomada de medidas de precaução e segurança. (Carta)
Dois menores de idade (um de seis meses de vida e outro de três anos), todos do sexo masculino, foram assassinados pela própria mãe, de 26 anos de idade, no passado domingo, no bairro 7 de Abril, no Posto Administrativo de Miezé, distrito de Metuge, na Província de Cabo Delgado.
Ao que apuramos, a homicida recorreu à enxada para tirar a vida aos seus próprios filhos. As fontes contam que o acto faz parte de uma promessa de sucesso feito por um suposto curandeiro à homicida e ao marido, este último actualmente em parte incerta.
A indiciada é natural do distrito de Nangade, norte da província de Cabo Delgado, encontrando-se actualmente a residir no Posto Administrativo de Namanhumbir, no distrito de Montepuez, fugindo dos ataques terroristas. As fontes revelam que a mesma se deslocou à Mieze com o objectivo de visitar seus familiares, mas quis o destino que terminasse nas celas do Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Metuge por ter assassinado os seus próprios filhos. (O.O.)
A Polícia da República de Moçambique (PRM), a nível da província de Maputo, ainda não tem pistas sobre o paradeiro do grupo que assassinou, à queima-roupa, um agente da Polícia afecto ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) na noite do último domingo, no bairro Intaka, Município da Matola, na província de Maputo.
Segundo o porta-voz da PRM neste ponto do país, Juarce Martins, decorrem, neste momento, as investigações para apurar as reais causas da morte do seu colega, assim como localizar os respectivos assassinos.
Refira-se que Grácio Machaia, de 41 anos de idade, com o Número de Identificação Policial 13810048, foi assassinado à queima-roupa quando passavam das 19:00 horas do último domingo. As testemunhas contam que os meliantes se faziam transportar numa viatura ligeira da marca Toyota Corrola. Fontes sublinham que, horas antes, o grupo vandalizou a residência do finado. (O.O.)
O assassinato de Mariano Nhongo, Líder da Junta Militar da Renamo, pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), continua no topo da agenda mediática nacional e a merecer todo o tipo de reacção. Esta terça-feira, a Renamo, o maior partido da oposição, emitiu um “posicionamento” em torno da morte do seu antigo líder, no qual manifesta-se chocado e triste, pois, considera não ser a “via desejável e aceitável” para se resolver os problemas nacionais.
Na curta nota assinada pelo Presidente do partido, Ossufo Momade, a Renamo apela aos restantes membros da auto-proclamada Junta Militar da Renamo a juntarem-se ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) “como forma de contribuir no esforço colectivo de alcançarmos a paz duradoura e estabilidade social”.
Já o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na voz do seu Secretário-Geral, considera lamentável a perda desta vida humana. “Tratando-se de vida humana, lamentamos a morte de Mariano Nhongo. Por isso, reiteramos que a melhor via era o diálogo e não as armas. O MDM sempre pautou pelo diálogo, principal condição para a paz”, disse Domingos em entrevista à “Carta”.
Questionado se a morte de Mariano Nhongo era sinónimo de paz, estabilidade e segurança na região centro, Domingos respondeu: “nem sempre tem sido linear. Não conheço a constituição de Nhongo em termos de exército. Pode ser que tenha mais homens, mas mesmo assim insistimos que eles e o Governo deveriam enveredar pelo caminho do diálogo para evitar situações dessas”.
Confrontado se a morte de Nhongo será resultado das recentes exigências do Chefe de Estado de se “concluir o dossier”, o Secretário-Geral do MDM afirmou que, olhando para a última orientação de Nyusi, percebe-se que o Presidente deu ordens. “Mas não estou a afirmar categoricamente que foi ele. Ainda assim, acho que deveriam escolher o caminho do diálogo”, reiterou Domingos. (E. Chilingue)
A morte hoje em combate de Mariano Nhonho, o líder da chamada Junta Militar da Renamo, confirmada na tarde de hoje pelo Comandante Geral da Polícia, Bernardino Rafael, foi sequência directa do ultimato que o Presidente Nyusi lançou às Forças de Defesa e Segurança (FDS), na última quinta-feira.
Falando no encerramento de um curso para as Forças Especiais da Polícia, na Escola de Formação de Makandzene, em Maluana, província de Maputo, Nyusi disse que queria ver o fim das acções armadas da autodenominada “Junta Militar da Renamo”, liderada por Mariano Nhongo. Ele disse que era inaceitável que o país estivesse a travar duas guerras e instou as Forças de Defesa e Segurança a “neutralizar” Nhongo. Nyusi estava acompanhado dos ministros da Defesa e do Interior, Jaime Neto e Amade Miquidade, respectivamente, e do Comandante Geral da Polícia.
“Quanto à Junta Militar da Renamo, já dei a Nhongo a oportunidade de se render voluntariamente”, disse Nyusi. “Não vou falar muito sobre isso. Exijo que vocês encerrem este dossier ”.
Foi a derradeira sentença de morte de Nhongo. Encerrar o dossier era o mesmo que dizer "eliminar" Nhongo. Não se sabe se as FDS teriam tido chance de capturá-lo com vida. Fica apenas registado que ele foi morto em combate”. Bernardino Rafael disse que as FDS tiveram “um combate de encontro” com o Nhongo e seus homens, por volta das 7.30 de hoje, nas matas de Ndjovo, em Mazamba, distrito de Cheringoma, Sofala.
Rafael disse que a intenção era “neutralizar” Nhongo para que respondesse na justiça. Ele disse que o seu corpo vai ser entregue à família. Com Nhongo foi também morto um dos seus ajudantes e capturadas 3 armas AKM e 96 munições, mais uma pistola.
Nhongo separou-se da corrente principal da Renamo em 2019, recusando-se a reconhecer Ossufo Momade como o novo líder da Renamo, embora tenha sido eleito no Congresso da Renamo em janeiro daquele ano. Não aceitou o acordo de paz assinado por Nyusi e Momade em agosto de 2019, continuando a encenar ataques esporádicos, principalmente emboscadas nas principais estradas nas províncias centrais de Manica e Sofala. Sua vida chegou ao fim, não se sabendo ainda qual será a sina dos seus poucos seguidores. (M.M.)