O Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, inaugurou, nesta quarta-feira, um centro de produção de frangos da Higest Moçambique, Lda., um investimento de 10 milhões de USD que vai contribuir para o aumento em 10% da produção nacional do frango.
Trata-se de um complexo industrial localizado na localidade de Mafavuca, Posto Administrativo de Goba, Distrito da Namaacha, na província de Maputo, que para o início da sua actividade compreende dois pavilhões edificados com capacidade produtiva de 500 toneladas de frango por ano por cada pavilhão.
O Director da Higest Moçambique, Mário Couto, explicou que o empreendimento compreende a implantação de mais 10 pavilhões nos próximos anos, cada um com capacidade para alojar 56.000 pintos por ciclo, o que permitirá uma produção anual de 6000 toneladas de frango no conjunto dos 12 pavilhões.
Implantado num terreno de 79 hectares, o projecto vai criar 50 postos de trabalho directos, sendo os beneficiários na sua maioria naturais ou residentes na localidade de Mafavuca. A Higest emprega em Moçambique mais de 500 mil pessoas.
Para o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, a inauguração deste centro de produção ocorre num momento em que também se assinala o crescimento do volume de produção avícola. Correia revelou que, no primeiro trimestre, a produção cresceu em cerca de 16.6% quando comparado com o período homólogo.
“Assumindo o histórico de produção e a tendência do mercado, esperamos que, neste trimestre, esses números possam aumentar. A nossa projecção é que este sector possa crescer acima de 20%”, perspectivou o Ministro.
Na mesma ocasião, Correia dirigiu a cerimónia de juramento por parte de 102 extensionistas e procedeu à entrega de meios de produção mecanizados entre outros insumos agrícolas no âmbito do Programa Sustenta, época 2021/2022. O destaque vai para 102 motorizadas para extensionistas e 11 tractores para o respectivo número de agricultores.
“Este exercício que iniciamos aqui terá lugar em todo o território nacional. [Em todo o país], o incremento de agentes de extensão será de 286 para a próxima campanha, passando a rede deste exército a contar com um total de 3941 profissionais”, afirmou o Ministro.
Embora ainda distante do balanço, Correia avançou que a primeira safra 2020/2021 foi marcada por sucessos de milhares de produtores mesmo diante de várias adversidades e, como consequência, a agricultura é tida actualmente como “grande motor da retoma económica para os próximos anos”. (Evaristo Chilingue)
A Polícia da República de Moçambique (PRM) diz ter apreendido, na semana finda, 1.3 toneladas de cannabis sativa (vulgo soruma) e mais dois sacos contendo a mesma substância psicotrópica. A informação consta do comunicado de imprensa enviado à nossa Redacção pelo Comando-Geral da Polícia, relativo aos resultados operativos conseguidos entre os dias 18 e 24 de Setembro corrente, que incluem a apreensão de 60 gramas de heroína e 4.2 gramas de cocaína.
De acordo com a nota, a corporação apreendeu ainda oito cabeças de gado bovino, 13 viaturas, 18 motorizadas, 17 televisores e 55 telemóveis, que estavam nas mãos dos malfeitores. Acrescenta ainda terem sido apreendidas cinco armas de fogo, das quais quatro pistolas e 775 munições, sendo 676 pertencentes a uma AK-47.
Para além destes casos, a Polícia diz ter detido 1.264 indivíduos, sendo 586 por violação de fronteira, 364 por imigração ilegal e 314 por práticas de delitos comuns. A fonte garante que, no âmbito do cumprimento das medidas decretadas no contexto do Estado de Calamidade Pública, foram autuadas 288 pessoas por desobediência, dispersados 22.392 grupos de pessoas em situação de aglomeração e apreendidas 1.589 viaturas.
Entretanto, no período em análise, a PRM registou um total de 14 óbitos, que resultaram de 24 acidentes de viação, com destaque para 10 atropelamentos, sete despistes e capotamento e seis choques entre carros. O excesso de velocidade e má travessia de peões são apontados como as principais causas dos acidentes. (Marta Afonso)
O fenómeno do terrorismo que, desde Outubro de 2017, eclodiu na Província de Cabo Delgado regista, nos últimos dias, um outro desenvolvimento – O regresso à normalidade da vida das populações nas regiões afectadas.
Contrariamente aos oportunistas que, durante os ataques, violavam as mulheres e raparigas, igualmente, alguns activistas e colaboradores de ONG’s se aproveitavam dos seus poderes humanitários para trocar comida com sexo. Sabe-se que o terrorismo trouxe consigo a fome, pobreza e miséria nas famílias.
Embora tenham ocorrido problemas do género nos campos de acolhimento de deslocados, actualmente, o cerne da questão é outro. Os nossos Chuck’s Norris, que nos vieram apoiar no combate ao terrorismo, com a tranquilidade reposta na Província, irão olhar para um novo caminho, as nossas lindas irmãs pintadas de mussiro, lenço na cabeça e capulana colorida devidamente amarrada e alinhada à cintura. E os militares carentes de desejos carnais, depois de longos meses de intensos combates, poderão procurar alimentar-se, sexualmente, nas gatas da 3ª maior baía do mundo.
Destas relações, embora os homens estejam a cumprir uma missão temporária na Pérola do Índico, quem sabe, poderão deixar por cá os seus rebentos. Veremos, nos próximos tempos, bebés parecidos com os temíveis generais oriundos do Ruanda, Botswana, Zimbábue, Tanzânia, África do Sul, Angola e outros.
Estaremos diante dos novos cidadãos do Índico. Os novos Moçambicanos com apelidos tswanas, kigalianos e zulus. Não nos espantemos, se durante o período da consolidação, as fofas do Corredor de Sofala, das ruas de Chimoio, as moçoilas de Nacala, das Cidade de Nampula e Montepuez, procurem ter um Sargento sedento de carinho e desejos carnais, e com as contas das ajudas de custo a transbordar, optem em gastar algum para o bem do turismo doméstico, amplamente afectado em Cabo Delgado.
A situação que escrevo não é nenhuma novidade, para quem acompanha a história dos povos que vivenciaram situações de género. Isso acontece em vários quadrantes do mundo, onde a pólvora foi semeada e o sangue derramado. Não é em vão que alguns bons filhos que este País já viu nascer terão sido concebidos em território estrangeiro, devido ao contexto da luta de libertação nacional.
Caberá as habilidades individuais de cada uma das mamãs ou das manas para segurar estes valentes soldados que, aos poucos, devolvem a tranquilidade nas zonas afectadas pelas acções dos terroristas. (Carta)
Quatro dias depois de ter autorizado a abertura das praias, no âmbito da revisão das medidas de restrição adoptadas no contexto do combate ao novo coronavírus, o Governo pondera rever a medida, alegando “mau comportamento” observado no último fim-de-semana por parte de alguns moçambicanos. A informação foi avançada esta terça-feira pelo vice-Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Filimão Suazi, à saída da 33ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros.
Segundo o porta-voz do Governo, o comportamento demonstrado por alguns cidadãos que se fizeram às praias do Wimbe (Pemba), Tofo (Inhambane), Zalala (Quelimane), Bilene (Gaza) “contraria, de forma flagrante, aquilo que eram as expectativas do Governo”.
Entre os comportamentos não dignos, diz Suazi, está o consumo de bebidas alcoólicas com recurso a diversas artimanhas, como é o uso de copos plásticos e o enterro dos colmans.
Para Suazi, a reabertura das praias não pode ser confundida com o fim da pandemia, pelo que “apelamos à consciência individual e colectiva”, pois, “estes comportamentos poderão resultar no recuo de algumas medidas anunciadas pelo Presidente da Republica”, atirou. (Marta Afonso)
O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, reitera que os ataques terroristas que se verificam na província de Cabo Delgado não se devem às desigualdades sociais existentes no país e muito menos em Mocímboa da Praia, o primeiro distrito a ser atacado pelos insurgentes, a 5 de Outubro de 2017. A tese voltou a ser defendida na última sexta-feira, em Pemba, durante a conferência de imprensa concedida em conjunto com o Presidente do Ruanda, Paul Kagame.
Segundo Filipe Nyusi, embora existam desigualdades sociais no país, não se pode classificar Mocímboa da Praia como o distrito mais pobre de Moçambique e muito menos o nosso país o mais negligente do mundo.
“Moçambique é um país longo e grande, com mais de 2.800 Km entre Maputo e Rovuma e as assimetrias existem, porém, não se pode classificar Mocímboa da Praia, onde os ataques iniciaram, como o distrito mais pobre do país. A negligência existe, mas também não acredito que seja Moçambique o país mais negligente do mundo”, disse Nyusi, em resposta a uma pergunta colocada por uma jornalista da BBC.
Para Nyusi, é necessário compreender-se a dinâmica da região que está sendo afectada pelos ataques terroristas, de modo a se identificar as razões que ditaram da insurgência. “É uma zona já em franco crescimento, é uma zona onde já discutíamos oportunidades para a juventude, como é o caso do conteúdo local nos projectos de mineração e prospecção do gás natural. Portanto, aceitamos que existe uma dificuldade numa e noutra zona, mas acreditamos que podemos e devemos fazer muito mais para a juventude e as mulheres poderem prosperar”, disse.
“Já se avançaram várias razões sobre o terrorismo no nosso país, mas esqueceu-se que o terrorismo tem uma fórmula global e temos de ir à fórmula global para sabermos as razões da sua existência”, atirou a Estadista moçambicano.
Refira-se que a pobreza, as clivagens étnicas e religiosas, o desemprego e a exclusão social são apontadas como algumas das razões que ditaram o surgimento da insurgência na província de Cabo Delgado, uma das províncias mais pobres do país. Desde 2017, os ataques terroristas já causaram a morte de mais de três mil pessoas e perto de 900 mil já abandonaram as suas zonas de origem. (Abílio Maolela)
As Forças de Defesa e Segurança (FDS) abateram cinco terroristas no distrito de Mueda, província de Cabo Delgado, após um confronto verificado na aldeia Litiminha, naquele ponto do país. As fontes contam que o confronto resultou de denúncias populares, após o grupo ter decapitado sete residentes daquela aldeia, numa machamba.
Do ataque terrorista, oito pessoas conseguiram fugir e reportar a ocorrência às FDS. As fontes não avançam o número de terroristas envolvidos no ataque, mas garantem que alguns conseguiram escapar das mãos das FDS.
Para além de Mueda, os terroristas atacaram a aldeia V Congresso, no distrito de Nangade, porém, sem fazer vítimas humanas. Entretanto, as fontes contam que o grupo, constituído por 10 homens, sequestrou três mulheres. A situação aumenta o nível de preocupação na população daqueles distritos do norte do país. (O.O.)