Dezenas de moçambicanos, deslocados do distrito de Palma, norte da província de Cabo Delgado, continuam retidos na fronteira moçambicana com a Tanzânia, à espera de uma oportunidade para atravessar o Rio Rovuma em direcção àquele país vizinho.
De acordo com as fontes, algumas pessoas deslocaram-se àquele local a pé e outras terão partido de barco a partir da zona de Quirinde, no Posto Administrativo de Quionga. A fome e o desespero tomam conta dos deslocados, que continuam sem saber quando é que poderão ser socorridos pelas autoridades tanzanianas.
Tal como reportou “Carta”, aquando da sua visita à vila-sede de Palma, ainda não está totalmente restabelecida a segurança naquela vila. Apesar de não haver confrontos directos entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e os grupos terroristas, o facto é que os insurgentes continuam a semear terror e luto naquele território, havendo relatos de queima de casas e assassinato de pessoas.
Aliás, devido a esse facto, grande parte das vítimas opta por refugiar-se na aldeia de reassentamento de Quitunda, enquanto outras deslocam-se até Maganja ou Olumbe. No entanto, Pemba é o destino procurado por todos. (Carta)
O número de pacientes recuperados da Covid-19 continua a subir. Dados do Ministério da Saúde (MISAU) indicam que mais 353 doentes estão recuperados da doença, subindo para 67.696 o cumulativo de recuperados, o que representa 96.1% do total dos infectados.
Entretanto, a autoridades da saúde dizem ter diagnosticado mais 56 novos infectados pelo novo coronavírus, totalizando 70.108 casos. Os novos casos foram notificados na cidade de Maputo (33) e nas províncias Maputo (oito), Sofala (11) e Nampula (quatro).
Entretanto, de quarta para quinta-feira, um paciente foi declarado óbito, subindo para 819 o total de mortos causados pela pandemia.
Refira-se que, neste momento, o país conta com 1.589 casos activos da Covid-19, dos quais 36 estão internados. Nas últimas 24 horas, foram internadas mais três pessoas e sete tiveram alta. (Marta Afonso)
A Direcção Nacional de Identificação Civil (DNIC) revela estar a registar um decréscimo (na ordem de 2.25%) na procura do Bilhete de Identidade (BI), comparativamente a igual período do ano passado.
Segundo o porta-voz da instituição, Alberto Sumbana, de Janeiro a Abril de 2021 foram produzidos 287.570 Bilhetes de Identidade, contra 309 mil pedidos recebidos em igual período de 2020.
Entretanto, a fonte assegura que houve um acréscimo (de 33%) relativamente às actividades planificadas para os primeiros quatro meses de 2021. Revela que a instituição tinha planificado produzir cerca de 225 mil Bilhetes de Identidade, porém, conseguiu fabricar 287.570. Sublinha que, com este ritmo, a DNIC poderá alcançar a meta traçada, que é de produzir cerca de 900 mil BI.
No briefing desta terça-feira, o porta-voz da DNIC revelou que as autoridades detiveram, em Maputo, um tanzaniano na posse de um BI moçambicano, obtido por meios fraudulentos. O mesmo pretendia renová-lo. (Marta Afonso)
Comunidades dos Postos Administrativos de Magude-sede, Mahel, Motaze, Panjane e Mapulanguene, no distrito de Magude, província de Maputo, queixam-se da constante destruição das suas machambas por parte de animais bravios.
Num seminário havido semana finda, em Magude, sobre conflito homem-fauna bravia e caça furtiva, organizado pelo Governo Distrital de Magude, em parceria com o Fundo Mundial da Natureza (WWF) e a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), os Chefes dos cinco Postos Administrativos daquele distrito revelaram que só na presente época agrícola, no Posto Administrativo de Mapulanguene, por exemplo, os animais (com maior destaque para os elefantes e búfalos) já devastaram cerca de 18 hectares.
Para além das culturas, os animais bravios têm destruído celeiros, havendo também relatos de terem matado duas pessoas, das quais uma anciã, de 70 anos de idade, que foi atacada por um búfalo e uma criança, cuja idade não apuramos, que foi atacada por um crocodilo. Os dois casos foram registados no Posto Administrativo de Motaze.
Segundo Matilde Bié, Chefe do Posto Administrativo de Mahel, os elefantes invadem as machambas diariamente, facto que inquieta as comunidades que dizem não entender o papel da ANAC no combate a esta “praga”.
Aliás, Fenias Bié, um extensionista de Mahel, garante que o som da buzina facultada pela ANAC e pelos Serviços Distritais de Actividades Económicas de Magude é idêntico ao som produzido pelos elefantes, facto que faz com que, ao ser tocada, aqueles paquidermes se dirijam em direcção à pessoa que toca a buzina. “Os animais tiraram-nos tudo o que havíamos produzido este ano”, sublinha.
Quem também entende serem insustentáveis as medidas, até então, adoptadas pelas autoridades para combater os animais bravios é Albertino da Costa, Chefe do Posto Administrativo de Magude-sede, que revela já ter perdido um total de cinco celeiros e 18 machambas na sua área de jurisdição.
Por seu turno, Julião Chiburre, um dos lesados, propõe a criação de um Fundo de Compensação para os camponeses lesados pelas acções dos animais bravios, pois, nem todas as fazendas de bravio têm cercas eléctricas para impedir a saída dos animais das áreas de conservação.
ANAC reconhece os problemas e propõe abate dos animais “infractores”
Em reacção às inquietações apresentadas, Paulo Barros, em representação da ANAC, reconheceu os problemas, tendo avançado que, neste momento, é prioritário o treinamento das comunidades de Magude e Moamba.
Na sua intervenção, Barros propôs o abate dos animais “infractores” sempre que estes se dirigirem para uma área comunitária, onde se antevê que causarão danos. Porém, após o abate, disse, a população deverá informar imediatamente as autoridades para que o “abate” não seja considerado “crime de caça furtiva”.
A fonte garantiu ainda que a sua instituição pensa em criar um mecanismo de compensação às comunidades lesadas pelos animais bravios, apesar de esta medida não estar prevista na legislação. (Omardine Omar, em Magude)
Apenas 1.867 pessoas continuam infectadas pelo novo coronavírus, em Moçambique, de um total de 70.031 casos positivos registados no país, de 22 de Março de 2020 a 04 de Maio de 2021. O actual número de casos activos corresponde a uma taxa de 2,7% em relação ao total de casos registados no país. Refira-se que, até 31 de Janeiro, o país contava com um total de 14.328 casos activos.
Os actuais casos activos encontram-se em todas as províncias do país. Na cidade de Maputo há registo de 503, enquanto na província de Maputo ainda há 799 infectados. Em Gaza, temos 32 e em Inhambane 22. Na província de Sofala há 293 casos activos, enquanto em Manica há registo de 10. Tete conta com quatro, Zambézia com 125, Nampula com 41, Niassa com 21 e Cabo Delgado com 17.
Entretanto, de segunda para terça-feira, dois pacientes foram declarados óbitos, subindo para 817 o número total de mortos causados pela pandemia. Também foram registadas 31 novas infecções, de um total de 943 suspeitos. No geral, o país já testou 522.290 pessoas, das quais 70.031 deram positivo.
Entretanto, mais 18 pessoas recuperaram da Covid-19, subindo para 67.342 (96.2%) o número total de recuperados da doença.
Quatro pessoas foram internadas entre segunda e terça-feira e apenas uma teve alta. No país existem, actualmente, 39 internados, de um total de 3.359 pacientes que estiveram nesta condição. (Marta Afonso)
Dois grupos de terroristas atacaram, entre os dias 30 de Abril e 01 de Maio último, os Postos Administrativos de Mucojo e Chai, no distrito de Macomia, tendo raptado três civis, em Mucojo, em plena luz do dia, e baleado um cidadão em Chai.
De acordo com as fontes, a vítima do grupo que atacou Chai foi baleada nas pernas, depois do grupo ter sido recebido com tiros por um miliciano que se encontrava numa machamba.
Segundo as fontes, a vítima foi socorrida pela população local, encontrando-se, neste momento, no Hospital Provincial de Pemba, na capital provincial de Cabo Delgado, estando “fora do perigo”. (O.O.)