Apenas 32% das mulheres moçambicanas procuraram os serviços de planeamento familiar em 2020, contra a taxa de 42% registada em 2019. Os dados foram revelados ontem pela Chefe do Programa de Planeamento Familiar, Alda Mahumana, durante a reunião nacional técnica de planeamento familiar.
Entretanto, a fonte avançou que os números voltaram a subir este ano, com a cobertura, só no primeiro trimestre, de 41% das mulheres. A fonte avançou ainda que, apesar da cobertura continuar abaixo de 50%, a mesma tende a evoluir, pois, em 2011, apenas 11% das mulheres procuravam serviços de planeamento familiar e, em 2015, a cobertura já era de 25.3%.
Na interacção com a imprensa, Mahumana garantiu ainda que as autoridades de saúde reforçaram a disponibilidade de contraceptivos a nível das unidades sanitárias, para além de que as autoridades recomendam o uso de métodos que durem entre três a 10 anos, como forma de evitar o frequente contacto com as unidades sanitárias. (Marta Afonso)
Dois indivíduos, supostamente pertencentes ao grupo terrorista, que actua na província de Cabo Delgado, foram capturados pelas autoridades policiais, semana finda, no distrito de Metangula, no noroeste da província do Niassa.
De acordo com as fontes, os referidos indivíduos (desconhecidos em Metangula) terão sido vistos, nos últimos dias, a “passear” naquela região do país, porém, sem a população entender as razões da sua presença. As fontes sublinham que os detidos falavam Kiswahili.
As fontes não avançaram qualquer situação de distúrbio causado pelos supostos terroristas, entretanto, sublinharam que a sua detenção gerou alguma agitação naquele pacato distrito do Niassa.
Refira-se que a província do Niassa tem sido apontada, a par de Nampula, como um dos pontos de recrutamento dos membros do grupo terrorista. Metangula, sublinhe-se, localiza-se próximo ao Lago Niassa, podendo ser um ponto estratégico para a travessia de terroristas ou mesmo seu recrutamento. (Carta)
Em apenas 15 dias (de 08 a 23 de Maio), as autoridades da vizinha República Unidade da Tanzânia deportaram 1.620 moçambicanos, que entraram naquele território da SADC, fugindo dos ataques terroristas na província de Cabo Delgado.
Os dados foram avançados semana finda pelo Serviço Nacional de Migração (SENAMI). De acordo com a autoridade moçambicana, no mesmo período, houve mais 368 pessoas deportadas, sendo 242 da África do Sul, 109 do Malawi, 11 do Reino do eSwatini e seis do Zimbabwe.
A imigração clandestina (1.980) e o cometimento de diversos tipos de crime (oito) são apontados como o móbil do repatriamento dos 1.988 moçambicanos.
Refira-se que as vítimas dos ataques terroristas, na província de Cabo Delgado, em particular no distrito de Palma, têm-se refugiado à vizinha Tanzânia, sendo que esta continua a fazer “vista grossa” à situação.
Aliás, há dias, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) instou as autoridades tanzanianas a permitir que os deslocados dos ataques terroristas, na província nortenha de Cabo Delgado, tenham acesso ao asilo naquele país da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral). (Marta Afonso)
Continua a reduzir o número de casos activos do novo coronavírus no país. Se até sexta-feira, o país tinha um total de 848 pessoas ainda infectadas pelo novo coronavírus, este domingo, as autoridades sanitárias anunciaram a existência de apenas 657 casos activos.
O facto deve-se à recuperação, de sexta a domingo, de mais 253 pacientes da Covid-19 (23 na sexta-feira; 224 no sábado; e seis no domingo) e a infecção de apenas 63 pessoas e a morte de outras três.
No geral, o país conta com um total de 70.590 casos positivos do novo coronavírus, sendo que destes 69.098 (97.9%) estão recuperados e 831 perderam a vida. Nas unidades sanitárias, 19 pessoas continuam internadas devido à pandemia, dos quais 12 estão na capital do país. (Marta Afonso)
As vossas notícias surtiram o efeito desejado. Desde a semana passada que estou a realizar alguns pagamentos para o estrangeiro, em dólares, e o meu banco está a debitar os valores ao seu câmbio (do banco), que é, na verdade, quase um Metical e alguns centavos a mais em relação à taxa do Banco de Moçambique. No caso, o meu banco é o Standard Bank e o câmbio aplicável à data das compras que realizei era de 60.50 a 60.94 Mtn por 1 dólar.
Escrevo-vos porque acredito que a situação anterior, de debitar-nos 75 Mzn por cada dólar, da qual os bancos nacionais lançavam a culpa para a VISA, foi resolvida e, se está resolvida, foi graças às vossas notícias. Alguns conhecidos que fizeram pagamentos através de outros bancos (BCI) dizem que a situação é a mesma, que o câmbio aplicado não é mais de 75 Mzn por cada dólar. Meus parabéns. É do vosso tipo de Jornalismo que precisamos.
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Seis mil e quinhentas e duas (6.502) pessoas não tomaram a segunda dose da vacina contra Covid-19, durante a primeira fase de vacinação, que teve lugar entre os meses de Março e Abril último, tendo abrangido profissionais de saúde, coveiros, funcionários das morgues municipais e idosos residindo em lares de pessoas da terceira idade.
Dados apresentados esta quinta-feira, pelo Ministério da Saúde (MISAU), indicam que 82.384 pessoas aderiram ao processo (ou seja, tomaram a primeira dose), durante a primeira fase, porém, deste número, apenas 75.882 receberam a segunda dose da vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinopharm, o que corresponde a uma cobertura de 92%.
Segundo a Chefe do Programa Alargado de Vacinação, Graça Matsinhe, a nível dos hospitais públicos, apenas 53.938 profissionais de saúde aderiram à primeira dose, mas destes apenas 50.729 regressaram para tomar a segunda dose, o que significa que 3.209 não aderiram à segunda dose.
A nível do sector privado, 12.172 profissionais aderiram ao processo e apenas 10.861 foram tomar a segunda dose. Isto é, menos 1.311 que a primeira dose. Quanto aos agentes polivalentes, 6.233 foram tomar a primeira dose e, destes, 689 ficaram em casa, tendo regressado aos postos de vacinação 5.544.
Ainda na primeira fase de vacinação, refere o MISAU, 5.894 pacientes diabéticos, inscritos nas Associações, foram tomar a primeira dose da vacina contra Covid-19, porém, simplesmente 5.120 regressaram ao local, tendo ficado de fora 774.
Em relação aos profissionais de saúde reformados e idosos vivendo em lares, dos 3.148 que aderiram ao processo, 374 faltaram à segunda dose e apenas 2.774 foram concluir a vacinação. Entre os coveiros e trabalhadores de casas mortuárias, por sua vez, 99 não aderiram à segunda dose, depois de 462 terem tomado a primeira.
O MISAU não avançou as razões que levaram os abrangidos a não concluir o processo de vacinação. Simplesmente explicou que alguns profissionais da saúde não aderiram ao processo devido às incertezas que existiram a nível da classe. Porém, houve outros que não foram abrangidos devido aos critérios de elegibilidade.
Cidade e Maputo com maior número de “faltosos”
Analisados os números da vacinação por província, descobre-se que a cidade de Maputo+ é que apresentou maior número de faltosos à segunda dose. A capital do padiabéticos e idosos.
Já a província de Nampula aparece na segunda posição, com 1.518 “faltosos”. É que, na primeira dose, a província mais populosa do país vacinou 9.914 pessoas e, na segunda, apenas 8.396.
A província de Sofala fecha o pódio dos “faltosos”, com 1.376 pessoas que não aderiram à segunda dose. Na primeira dose, foram vacinadas 7.490 pessoas e, na segunda, apenas 6.114 foram administradas a vacina.
Entre as províncias onde houve menos desistências, destacam-se as de Maputo (com 44 faltosos), Tete (com 152) e Inhambane (153). Na província de Maputo, 8.386 pessoas foram vacinadas na primeira dose e, destas, apenas 8.342 regressaram para tomar a segunda; em Tete, 5.417 aderiram ao processo e 5.265 conseguiram concluí-lo; e em Inhambane, dos 5.385 que receberam a primeira dose, apenas 5.232 foram tomar a segunda.
As províncias de Manica e Niassa contaram com 170 faltosos cada. Em Manica, dos 5.326 indivíduos que tomaram a primeira dose, apenas 5.156 receberam a segunda; enquanto no Niassa, dos 3.655 vacinados na primeira dose, 3.485 é que foram abrangidos pela segunda dose.
A província da Zambézia vacinou, na primeira dose, 9.926 pessoas e, na segunda dose, 9.722, significando uma redução de 204 afectados. Em Cabo Delgado, 4.861 receberam a primeira dose e, para segunda dose, apenas 4.294 é que marcaram presença, reduzindo em 567 o número de inoculados. Já em Gaza, 581 pessoas faltaram ao processo. Dos 5.304 abrangidos na primeira dose, somente 4.723 tiveram direito à segunda.
Refira-se que o MISAU criou 277 postos de vacinação a nível nacional, tendo administrado, na primeira fase, a SARS-COV-2 Vacine (Vero Cell) inactivada, produzida pela farmacêutica chinesa Sinopharm, doada pelo Governo chinês em Fevereiro último. A mesma tem uma eficácia de 79,3% contra doença sintomática e é 100% eficaz contra a doença moderada e grave. (Marta Afonso)