As autoridades da saúde informaram, este domingo, que o nosso país registou mais 28 novas infecções do novo coronavírus, subindo para 2.269, o total de casos positivos da doença, sendo 2.087 de transmissão local e 182 importados.
De acordo com as autoridades, os novos casos encontram-se nas províncias de Cabo Delgado (dois), Niassa (um), Nampula (um), Sofala (10), Maputo (seis) e na cidade de Maputo (oito). Todos se encontram em isolamento domiciliar e, neste momento, decorre o rastreio dos contactos.
De acordo com o comunicado de imprensa enviado à nossa redacção, 13 pessoas estão internadas nos centros de isolamento, devido à Covid-19, sendo que a cidade de Maputo conta com oito internados, sendo seguida pelas províncias de Sofala (quatro) e Nampula (um). No geral, 55 pessoas já passaram dos centros de isolamento desde o início da pandemia no país.
Entretanto, mais oito pessoas recuperaram da doença, sendo uma na província de Cabo Delgado, outra na província da Zambézia, três na província de Inhambane e outras três na capital do país. Todos são moçambicanos. Assim, o país conta, neste momento, com 1.411 casos activos do novo coronavírus, 840 recuperados e 16 óbitos. (Marta Afonso)
As autoridades migratórias apresentaram, esta quinta-feira, na capital do país, mais 49 imigrantes ilegais, de nacionalidade malawiana, que se encontravam nas instalações da transportadora Nagi Investment, entre os quais 11 crianças.
Segundo o porta-voz do Serviço Nacional de Migração, Felizardo Jamaica, os imigrantes vinham da vizinha África do Sul e chegaram a Maputo, através das matas. “Os mesmos serão repatriados para suas zonas de origem e a transportadora será responsabilizada criminalmente por auxílio à imigração ilegal e deverá ser responsável pelas despesas de alimentação e alojamento dos mesmos até a data do repatriamento”, disse a fonte.
“Todas as transportadoras, antes de transportar estrangeiros clandestinos, devem verificar se os mesmos portam um passaporte ou um documento equiparado, onde consta um carimbo do movimento migratório que deve ser efectuado nos postos de travessia”, acrescentou a fonte.
Referir que este é o segundo caso de imigrantes malawianos encontrados nas instalações daquela transportadora interprovincial, em menos de duas semanas. Lembre-se, na semana finda, as autoridades migratórias apresentaram, na província de Inhambane, 39 imigrantes malawianos ilegais, que se faziam transportar para a capital do país, com recurso àquela transportadora. (Marta Afonso)
No quadro das celebrações do primeiro aniversário após a assinatura do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, a Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA), em Maputo, felicitou o Governo de Moçambique e o partido Renamo, em particular os Presidentes da República e do maior partido da oposição, Filipe Nyusi e Ossufo Momade, respectivamente, pelo seu “empenho continuado durante o ano passado em trabalhar para o cumprimento dos objectivos do acordo de cessar-fogo e de paz”.
Em comunicado de imprensa, enviado esta quinta-feira, a representação diplomática norte-americana, em Maputo, defendeu que a “paz e estabilidade são pré-requisitos para a construção de uma democracia forte e vibrante, que promova a liberdade, segurança e prosperidade de todos os cidadãos, libertando, por sua vez, o potencial para o desenvolvimento e crescimento económico de Moçambique”.
De acordo a Embaixada norte-americana, os acordos de paz e de cessar-fogo assinados no ano passado “continuam a manter o compromisso de uma nova era livre de conflitos”, no país. “A Embaixada dos EUA saúda o reatamento do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos ex-combatentes da Renamo, no centro de Moçambique. O regresso à vida civil de 554 ex-combatentes da Renamo é uma realização de que ambos os lados se podem orgulhar e encorajamos a continuação deste progresso estável em direcção ao objectivo de completar o processo, em 2021”, acrescenta a nota. (Carta)
Foi detido, na aldeia Muaja, distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado, no interior do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), um cidadão que responde pelo nome de M. Bacar, de 30 anos de idade, indiciado de praticar o crime de caça proibida.
A informação consta do comunicado semanal sobre a situação operativa no país, enviado, esta quarta-feira, pelo Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM). No documento, consta ainda que o indivíduo foi encontrado na posse de uma arma de fogo de tipo semi-automática SKS, nº 24160761, com 71 munições, 56 armadilhas de aço, uma motorizada e dois serrotes.
A operação, revela a fonte, foi conduzida, em conjunto, pela PRM e pelos fiscais do PNQ. O documento avança ainda que a recuperação do material estendeu-se até a aldeia Nahavara, naquele distrito da província de Cabo Delgado.
Referir que a caça do elefante, no PNQ, tem estado na agenda dos caçadores furtivos naquele ponto do país, onde se aponta também a entrada de estrangeiros, em particular tanzanianos, devido às deficiências que se verificam na fiscalização e a insegurança generalizada, causada pelos ataques terroristas que se observam há quase três anos.
Aliás, as autoridades judiciais da província de Cabo Delgado condenaram, este ano, cinco caçadores furtivos a penas que variam entre seis a 12 anos de prisão efectiva. O primeiro grupo de furtivos foi sentenciado em Fevereiro e o outro em Maio último. (O.O.)
Mais 50 novas infecções do novo coronavírus foram detectadas pelas autoridades da saúde, tendo aumentado para 2.079, o número total de casos positivos registados no país, dos quais 1.901 de transmissão local e 178 importadas.
Segundo o Ministério da Saúde (MISAU), dos novos infectados, 49 são moçambicanos e um é indiano, sendo que um se encontra na província de Nampula, dois na província da Zambézia, outros dois na província de Gaza, seis na província de Maputo e 39 na cidade de Maputo.
Na actualização desta quarta-feira, as autoridades da saúde anunciaram também a recuperação de mais 13 pessoas, sendo quatro na província de Cabo Delgado, três na província de Inhambane, três na província de Maputo e três na cidade de Maputo. Assim, o país conta com um cumulativo de 778 pacientes recuperados da Covid-19, 15 óbitos e 1.284 pessoas ainda infectadas pelo vírus. (Marta Afonso)
A caça furtiva tem merecido, desde princípios da segunda década do Século XXI, diversas reportagens jornalísticas, destacando os seus efeitos ambientais, passando pelos efeitos no turismo, até chegar aos efeitos sociais.
Apesar de não constituírem novidade, os efeitos da caça furtiva continuam actuais, pois, diversas famílias continuam a perder seus parentes, devido a este crime, assim como as áreas de conservação ficam desprovidas de algumas das suas maiores atracções turísticas, tais como o rinoceronte e elefante.
Na semana finda, “Carta” esteve no distrito de Magude, província de Maputo, um dos mais afectados pela caça furtiva no país e que, a par de uma riqueza brusca, também criou muitos órfãos. Laurinda Francisco Mbundzo é uma das residentes daquele distrito, concretamente no bairro Ricatlne, no Posto Administrativo de Magude-Sede, que perdeu seu filho, durante uma das várias jornadas de caça ilegal do rinoceronte.
Foi no ano de 2018 que Mbundzo perdeu um dos seus filhos, de nome Modesto Luís Mbade. Conforme contou à nossa reportagem, antes de se envolver com a caça furtiva, Modesto Luís Mbade dedicava-se à venda de material de construção, numa das ferragens locais. Porém, conta a mãe, num belo dia, o jovem, que à data da sua morte tinha 29 anos de idade, chegou à casa e disse à família que ia abandonar a sua actividade, alegadamente, porque existiam pessoas que invejavam o seu trabalho.
No entanto, não informou a família que actividade ia desenvolver. O facto é que, depois de alguns dias de sumiço, Modesto Luís Mbade apareceu em casa, com dinheiro suficiente para construir duas casas (uma para a mãe e outra para si, sua esposa e seus três filhos) e dois estabelecimentos comerciais (um para venda de produtos alimentares e outro para venda de bebidas alcoólicas).
A fonte disse à “Carta” que, na altura, se encontrava doente, pelo que não foi possível questionar ao filho a proveniência do dinheiro. Sem revelar quando é que soube do envolvimento filho com a caça furtiva, Laurinda Mbundzo conta que, pouco tempo depois, o filho comprou três viaturas e começou a organizar festas em casa.
Aliás, a fonte revela que uma das irmãs do finado tentou alertá-lo do perigo que corria (prisão ou morte), mas este, além de não acatar o conselho, partiu para cima da “conselheira”, tendo-a agredido com um garrafão na cabeça. O caso foi resolvido em família.
À nossa reportagem, Laurinda Mbundzo disse que, no último dia em que viu o seu filho, este nem se despediu, tendo tomado conhecimento de que ia cumprir mais uma jornada de caça, através de uma das irmãs, pois, a filha pediu à mãe que orasse pelo irmão. Entretanto, dois dias depois, um dos amigos do finado trouxe o corpo de Modesto Mbade, porém, sem explicar a real causa da sua morte.
Referir que esta é mais uma estória, das várias que caracterizam os últimos 10 anos do distrito de Magude, no extremo noroeste da província de Maputo. (Omardine Omar, em Magude)