Uma campanha de sensibilização para o uso racional da água e promoção da adesão às boas práticas, que podem ajudar a gerir este precioso recurso, foi lançada, na segunda-feira, 18 de Fevereiro, em Maputo, pela empresa Águas da Região de Maputo (AdeM), no âmbito das suas acções de responsabilidade social corporativa.
No âmbito desta iniciativa, a AdeM vai desenvolver acções de sensibilização na região onde opera, designadamente, nos municípios de Maputo e Matola, bem como na Vila de Boane.
Trata-se de uma medida que visa mitigar a falta de água, derivada da escassez da chuva, que afecta, especificamente, a região sul do País nos últimos anos, o que tem levado a empresa Águas da Região de Maputo a apelar para uma melhor gestão no fornecimento e consumo da água a todos os níveis.
Ao proceder ao lançamento formal da iniciativa, o administrador para a Área Comercial e Desenvolvimento de Negócio da AdeM, Estaline Machohe, explicou que, com a incerteza e imprevisibilidade do melhoramento da situação, a empresa vê-se na necessidade de reforçar as medidas que assegurem um consumo responsável da água, através da disseminação de informação, com a realização da sensibilização denominada "Campanha para o uso racional de água".
Esta campanha, conforme sublinhou Estaline Machohe, vai disseminar, através de diversas actividades, informações que visam incutir uma nova atitude na utilização e poupança de água com a divulgação, através dos órgãos de comunicação social, com o propósito de alcançar o maior número de pessoas, dos mais diversos estratos sociais.
“Pretendemos, deste modo, sensibilizar para o uso racional da água e promover a adesão às boas práticas que podem ajudar a gerir este precioso recurso, em especial na situação de escassez que se vive actualmente”, frisou.
Para melhor efectivação desta campanha, o administrador para a Área Comercial e Desenvolvimento de Negócio da AdeM apelou para a denúncia de actos de roubo e vandalização, ligações clandestinas e todos actos que concorrem para a danificação dos materiais, cuja reposição tem custado à empresa somas elevadas de dinheiro, impossibilitando assim a concretização de outros projectos pré-definidos para o provimento de água para o abastecimento à população.
Importa realçar que, nos últimos anos, a região sul do País tem estado a registar escassez de chuvas, devido à ocorrência do fenómeno El Niño, situação que se reflecte no baixo caudal do rio Umbelúzi, onde se localiza a Barragem dos Pequenos Libombos.(FDS)
Troca de palavras azedas entre Carlos Mesquita e a direcção marítima da província de Inhambane marcou a chegada hoje a Maxixe do ministro dos Transportes e Comunicações, para se inteirar das circunstâncias em que ocorreu o acidente deste domingo (17) que se saldou na morte de pelo menos nove pessoas. Este número poderá vir a subir, uma vez que prosseguem as buscas para encontrar os desaparecidos. Aproximadamente 18 passageiros foram resgatados e transportados para o hospital.
Mesquita não gostou da deficiente informação que lhe foi facultada pelas autoridades marítimas de Inhambane, incluindo o respectivo administrador, sobre o que esteve por detrás do trágico acidente. A informação dada ao ministro foi de que na tentativa de “arrancar” o motor do barco registou-se um incêndio, seguido de um outro, o que provocou pânico entre os pouco mais de 70 passageiros que se encontravam no interior da embarcação prestes a empreender a viagem de travessia Maxixe-cidade de Inhambane.
Desequilíbrio do barco na origem do naufrágio
Devido ao desequilíbrio que o barco sofreu com a movimentação desordenada de passageiros tomados pelo pânico, a embarcação naufragou, tendo alguns dos seus ocupantes perdido a vida por afogamento, em especial os que não sabiam nadar.(Carta)
Os exames de eletroencefalograma para crianças e de ressonância magnética no Hospital Central de Maputo (HCM) estão interrompidos desde há sensivelmente um ano. Contactada pela “Carta” para se pronunciar sobre o assunto, a Directora Clínica do HCM, Farida Urci, confirmou a avaria das referidas máquinas em Fevereiro do ano passado, mas acrescentou estar prevista a chegada de novos aparelhos dentro de dois meses.
Segundo Farida Urci, as máquinas de Eletroencefalograma e Ressonância Magnética no Hospital Central de Maputo (HCM) são propriedade pública, tendo a sua aquisição sido feita através de um concurso (público) aberto e transparente. Sobre o Eletrencefalógrafo, a Directora Clínica do HCM disse tratar-se de um aparelho importante mas não vital, razão por que não foi feita uma aquisição de emergência. Quanto à Ressonância Magnética, afirmou que a sua avaria deveu-se a constantes oscilações da corrente elétrica. Acrescentou que neste momento a única saída que resta aos pacientes é recorrer aos hospitais privados para a realização dos exames médicos. Dos hospitais públicos, o HCM é a única unidade sanitária a nível nacional que possui máquinas de Ressonância Magnética e Eletroencefalógrafo.
Problemas criados pela paralisação do Eletroencefalógrafo
Uma fonte que falou na condição de anonimato contou à “Carta” que a sua filha tinha uma consulta destinada à troca de medicamentos que estava marcada para o dia 06 deste Fevereiro, mas que não se efectivou por não ter sido feito o exame de eletroencefalograma. Acrescentou não saber o que fazer neste momento, uma vez que a filha já não tem comprimidos para os próximos dias. O hospital limita-se a dizer aos pacientes que a máquina está avariada há sensivelmente uma semana, não restando outra alternativa. (M.A.)
Cerca de 71 passageiros ficaram retidos desde a manhã de quinta-feira da semana finda até sábado à noite devido a três avarias graves registadas num autocarro da transportadora “Postbus” que fazia o trajecto Maputo-Quelimane.
De acordo com Zaquito Manhice, um dos passageiros vítimas do ‘martírio’, o autocarro em causa já apresentava algumas dificuldades quando partiu da cidade de Maputo por volta das 05h00 de quinta-feira, mas mesmo assim o motorista insistiu em seguir viagem. Os problemas foram-se agravando durante o trajecto, até que a viatura ficou paralisada no Inchope. Foi necessário aguardar-se pela chegada de socorro vindo da Beira, após quase 24 horas de espera. Perante esta situação, a transportadora viu-se na contingência de providenciar jantar para os passageiros.
Ainda que aparentemente a avaria estivesse resolvida, o autocarro viria a registar nova paragem no dia seguinte (sexta-feira) à tarde na zona de Nhamapaze. Pela segunda vez, todos os passageiros tiveram de pernoitar no local, mas contrariamente ao que acontecera em Inchope não tiveram uma única refeição. Só no sábado, por volta das 15h00, é que o problema ficou parcialmente resolvido. O carro prosseguiu viagem, ainda que aparentando grandes dificuldades. A terceira avaria ocorreu pouco depois da ponte sobre o rio Zambeze e durou cerca de uma hora. O autocarro só chegou a Quelimane por volta das 22h00 de sábado. Entre as pessoas que seguiam a bordo, algumas transportavam produtos facilmente perecíveis, razão por que no final da viagem praticamente tinham perdido tudo! A transportadora não assumiu qualquer responsabilidade pelos danos que os passageiros sofreram.
Apelos dos passageiros não surtiram efeito
Não surtiram qualquer efeito os reiterados apelos dos desesperados passageiros para que fosse providenciado outro carro que lhes levasse até ao destino. O motorista limitou-se a tentar ‘remediar’ um problema que aparentava ser antigo, deixando os lesados durante dois dias sem água e comida.
Quando ontem “Carta” entrou em contacto com os responsáveis da transportadora envolvida neste caso, eles manifestaram a sua indisponibilidade em falar do assunto alegando tratar-se de uma “especulação”. (Marta Afonso)
O Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) procedeu, na sexta-feira, 15 de Fevereiro, em Maputo, à entrega de 26 novos autocarros aos operadores privados do sector da zona metropolitana de Maputo.
A entrega destes autocarros enquadra-se na implementação do “Plano 1000” que prevê a aquisição de mil autocarros até ao final do quinquénio (2015-2019), altura em que se projecta transportar, só na região metropolitana de Maputo, cerca de 550 mil passageiros, por dia, contra a capacidade de resposta de 10 por cento, o equivalente a 60 mil passageiros, por dia, que se registava em 2015.
O ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, que presidiu a cerimónia de entrega dos autocarros, referiu, na ocasião, que o Governo tem clareza sobre a complexidade do problema de transporte público urbano, cuja solução não será encontrada apenas com o reforço da frota.
“A alocação de autocarros aos operadores públicos e privados é parte de um pacote de medidas estruturais em implementação desde 2015 sendo que, para a sustentabilidade do sector, prossegue a implementação de várias outras medidas, que incluem a melhoria das vias de acesso, manutenção dos autocarros, intermodalidade, melhoria da gestão, bilhética, entre outras”, realçou o governante.
Por outro lado, Carlos Mesquita chamou à atenção para a necessidade de se redobrar esforços, visando a promoção da segurança rodoviária, evitando-se, deste modo, o derramamento de sangue nas estradas do País. Para o efeito, o titular da pasta dos Transportes e Comunicações exortou aos automobilistas para uma condução responsável e segura.
“As tripulações destes autocarros precisam de ser bem preparadas e certificadas para a prestação de um serviço de qualidade aos passageiros, observando o rigor e ética no atendimento ao público”, frisou o ministro.
Intervindo, igualmente, na ocasião, o presidente do Conselho Municipal de Maputo, Eneas Comiche, anunciou o lançamento, no quinquénio 2019-2023, do projecto “Tsutsuma Maputo”, cujo objectivo principal é tornar cada vez mais eficiente o sistema de transportes, mobilidade e acessibilidade, com vista a melhorar a gestão estratégica e operacional dos transportes público e privado na área metropolitana de Maputo.
O projecto, a ser implementado em diversas fases, pretende ainda, conforme acrescentou o edil, promover a utilização de meios de transporte de massas, e introduzir melhorias no funcionamento do sistema de transportes urbanos público e privado.
“Pretendemos, igualmente, prosseguir com a organização dos transportadores semi-colectivos de passageiros, eliminar o encurtamento de rotas e implementar a central de controlo de tráfego, através de um sistema inteligente de gestão de trânsito e parqueamento, para prevenir o congestionamento na cidade”, concluiu.(FDS)
Com vista a minimizar os efeitos da escassez de água no Rio Umbeluzi, a empresa Águas da Região de Maputo (AdeM) arrancou na sexta-feira, 15 de Fevereiro, com a construção de um total de sete fontenários públicos, distribuídos pelas regiões de Beluluane, Djuba B e Jonasse, no município de Boane, na província de Maputo.
Os locais onde serão construídas as novas infraestruturas de abastecimento de água foram indicados pelos representantes das três comunidades, num encontro realizado, na última quinta-feira, envolvendo a empresa Águas da Região de Maputo e os líderes do posto administrativo da Matola Rio.
A directora da Área Operacional da Matola da empresa Águas da Região de Maputo, Maria Eugénia Langa, explicou, a-propósito, que no referido encontro foi reiterado que a crítica situação resulta da escassez de água na fonte, o que tem sido minimizado através da construção de fontenários públicos em determinados pontos estratégicos.
“Discutimos o assunto com os representantes das comunidades e com os líderes do posto administrativo da Matola Rio e decidimos construir fontenários públicos em sete locais estratégicos”, disse, ajuntando que empresa vai fazer uma avaliação técnica para aferir se os locais identificados reúnem condições para a abertura de fontenários para abastecer a população.
Acrescentou que o uso correcto de fontenários públicos vai permitir a minimização da falta de água na região, sendo, para o efeito, necessário estabelecer uma interligação com as estruturas administrativas dos bairros, por forma a monitorar melhor o ambiente da população.
Importa realçar que o caudal do Rio Umbeluzi baixou drasticamente, nos últimos anos, devido à seca, o que causou o fornecimento de águas em regime de restrição para Maputo, Matola e Boane: “As populações deviam entender que este problema é alheio à nossa vontade”, frisou a directora da Área Operacional da Matola da empresa Águas da Região de Maputo.(FDS)