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Sociedade

O governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, saiu em defesa da empresa Gemrock, que opera no distrito de Ancuabe, cerca de 170 quilómetros da cidade de Pemba, afirmando que não há problemas de relacionamento entre os trabalhadores e o patronato. 

 

Tauabo esteve na última sexta-feira nas minas da Gemrock para uma visita de trabalho àquela mineradora de exploração de rubis. No decurso da visita, apontou a necessidade de continuar a valorizar a mão-de-obra local, sobretudo quando iniciarem os trabalhos relacionados com a responsabilidade social. 

 

Na semana passada, os trabalhadores da empresa Gemrock exigiram o pagamento de três meses de salários em atraso e queixaram-se de alegados maus tratos e racismo contra os trabalhadores moçambicanos perpetrados pelos estrangeiros, incluindo o patronato. (Carta)

Famílias deslocadas devido aos últimos ataques no distrito de Macomia, em Cabo Delgado, concretamente nas aldeias Chai-sede, Litamanda, V Congresso e Nova Zambézia, e acolhidas nos bairros Nanga A e B, na vila sede, queixam-se de falta de apoio alimentar e de outro apoio humanitário. A situação tende a agravar-se com a queda de chuvas, uma vez que parte das famílias não têm tendas. 

 

"Somos dois grupos, mas nós que chegamos agora não temos nenhum apoio. Precisamos de tudo, não sei quando teremos socorro, estamos a passar mal com esta chuva" contou Abílio Valente, deslocado pela terceira vez da sede do posto administrativo de Chai. 

 

Um funcionário da Organização Não Governamental Médicos Sem Fronteiras disse que "a situação está mal, porque ainda não foi alocado um kit de apoio humanitário a estas famílias que chegaram agora". 

 

Acrescentou que, para além da assistência sanitária, as autoridades atribuíram um espaço no bairro Nanga B, onde temporariamente serão acolhidas todas as famílias deslocadas dos postos administrativos. 

 

"Já está limpo e espera-se um kit de abrigo para minimizar a situação", afirmou o funcionário da MSF, apontando que a sua organização é a única a dar assistência humanitária neste momento. (Carta)

O rio Zambeze poderá situar-se próximo do alerta nas próximas 24 horas, face à precipitação que se regista no território nacional e nos países vizinhos a montante, caracterizada por chuvas moderadas e localmente fortes.

 

Prevê-se que sejam afectadas algumas estações, com destaque para a região do baixo Zambeze, nos distritos de Mutarara na província de Tete, Morrumbala, Mopeia e Luabo na Zambézia, Caia e Marromeu na província de Sofala, causando inundações nas zonas baixas.

 

A Divisão de Gestão da Bacia do Zambeze (DGBZ) apela a todas as entidades públicas e privadas, inclusive as autoridades locais, aos agentes económicos e público em geral, para tomada de medidas de precaução, devendo retirar-se imediatamente das zonas propensas às inundações e evitar a travessia dos leitos dos rios.

 

Recomenda-se também que se faça o acompanhamento pontual e permanente da informação hidrológica diária disseminada pela DGBZ. (Carta)

Um agente de moeda electrónica sofreu uma tentativa de assalto no dia 27 de Dezembro último, por volta das 20h00, na sua residência, no bairro do Albasine, na cidade de Maputo, alegadamente protagonizada por dois elementos, sendo um do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e outro da Força de Intervenção Rápida (FIR), por sinal, devidamente uniformizados.

 

Os suspeitos invadiram a sua residência, munidos de uma arma do tipo AKM que usaram para ameaça-lo, exigindo dinheiro.

 

“Quando os dois invadiram a minha casa encontraram-me a ir à casa de banho e decidiram me apontar com arma de fogo e eu comecei a gritar por socorro e os vizinhos saíram em massa. Na ocasião, os dois agentes saíram a correr e deixaram cair um telemóvel e foi daí que decidimos nos deslocar para o posto policial do Albazine para submeter uma queixa e os homens foram localizados e detidos na esquadra de Chiango”. 

 

A vítima conta ainda que na mesma noite não conseguiu dormir porque quando os polícias ladrões entraram na sua residência, primeiro apontaram com arma a sua esposa e depois a filha de 14 anos de idade. Entretanto, na manhã do dia seguinte, decidiu ir a Chiango para perceber o que estava a acontecer com os dois detidos e o Comandante apenas respondeu que ainda estavam a trabalhar no caso.

 

A vítima diz que o que mais lhe deixa intrigado é o facto de os agentes terem sido restituídos à liberdade sem o seu conhecimento. “Voltei à esquadra há dias e disseram-me que já estavam em liberdade e que devia esperar pela chamada do tribunal e até hoje não fui solicitado”. (Marta Afonso)

A ligação rodoviária entre o centro e norte da província de Cabo Delgado, ao longo da Estrada N380, está interrompida desde a noite do último sábado (20), na sequência da destruição do aqueduto sobre o rio Napakala, a cerca de dois quilómetros da sede do distrito de Macomia. O desabamento da ponte levou à interrupção da ligação rodoviária com os distritos de Mueda, Muidumbe, Nangade, Mocímboa da Praia e Palma.

 

A situação está a criar longas filas de veículos ligeiros e pesados na vila de Macomia, onde esperam desde sábado seguir para os seus destinos.

 

"A partir daqui de Macomia, não há passagem para Mueda, Mocímboa da Praia [...] quase para toda a zona norte. Há muitos carros e outros ainda estão a chegar e não há como seguir", disse Abudo Bachir, um operador de táxi mota. 

 

Um outro residente observou que a destruição do aqueduto sobre o rio Napakala na vila de Macomia, interrompeu o transporte de diversa mercadoria com o destino ao distrito de Palma, onde com a retoma das empresas no âmbito da exploração do gás estão em curso vários trabalhos.

 

Nesta sequência, estão isolados do resto da província os distritos de Mocímboa da Praia, Mueda, Nangade, Muidumbe e Palma.

 

A Delegação Provincial da Administração Nacional das Estradas (ANE) de Cabo Delgado anunciou em comunicado que, se as condições climáticas favorecerem, o trânsito será reposto amanhã (23).

 

A ANE recomenda, no entanto, que os utentes que vão à zona norte da província de Cabo Delgado deverão usar o trajecto Sunate-Metoro-Montepuez-Nairote-Mueda. (Carta)

Assaltantes não identificados sequestraram na manhã de sábado um proeminente empresário, Mohamed Calu, de 70 anos, à porta da sua casa, no centro de Maputo. Calu foi raptado quando saía de casa e se dirigia ao estabelecimento de que é proprietário, os armazéns do Atlântico Comercial.

 

Os guarda-costas de Calu lutaram para evitar o rapto, mas os sequestradores dispararam contra dois deles. Os criminosos agarraram a vítima e arrastaram-na até o veículo, disparando mais tiros para dissuadir qualquer possível socorrista de se aproximar.

 

Isso aconteceu em plena luz do dia e foi filmado por alguém que, com uma câmera, capturou todo o incidente a partir de um dos prédios de apartamentos vizinhos. As imagens chocantes foram mostradas repetidamente nos noticiários da televisão ao longo do dia. A polícia só chegou ao local uma hora depois do crime – apesar de a casa de Calu, na Avenida Ho Chi Minh, ficar a poucos minutos a pé do Comando da Polícia Quando eles apareceram, a polícia, de forma bastante ilegal, impediu um dos guarda-costas de Calu de falar com a imprensa. Em vez disso, esta testemunha foi rapidamente levada numa viatura do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic).

 

Esta é a segunda vez que Calu é sequestrado. A primeira ocasião foi em 2011, quando foi uma das primeiras vítimas da onda de sequestros que atingiu Maputo e outras cidades moçambicanas.

 

Na terça-feira passada, por volta do meio-dia, membros do público abortaram uma tentativa de sequestro. Eles atiraram pedras e garrafas contra os possíveis sequestradores, forçando-os a abandonar a vítima pretendida. Infelizmente para Calu, havia poucos transeuntes na Avenida Ho Chi Minh na manhã de sábado. (Carta)

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