Com um poderoso discurso de abertura do Ministro das Minas, Petróleo & Energia da Costa do Marfim, e alguns painéis de discussão perspicazes sobre o setor energético africano, o segundo dia contribuiu para a construção de um roteiro para o futuro do continente
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A Semana do Petróleo de África (AOW) 2021 (Africa-OilWeek.com) revelou-se uma plataforma para intensas discussões e tomadas de decisão para o futuro do setor energético africano através de uma série de discursos de abertura, debates de painéis envolventes, Showcases Nacionais de Energia e oportunidades de networking envolvendo indivíduos e empresas de todo o mundo que têm um forte interesse no mercado africano. Levado para além das fronteiras do continente africano e acolhido no Dubai pela primeira vez desde a sua criação, o evento de quatro dias terminará no dia 11 de novembro. A AOW será realizada no seu destino original da Cidade do Cabo no próximo ano.
O evento contou com a presença de mais de 35 chefes de departamentos governamentais do continente africano e do Médio Oriente e delegações de alto nível, incluindo executivos de algumas das maiores empresas globais de petróleo e gás. O segundo dia do evento foi repleto de numerosas conversas envolventes e oportunidades de networking, reunindo stakeholders de toda a cadeia de valor energético para acolher uma discussão progressiva em torno do desenvolvimento energético sustentável para o continente. Contou com representantes de organizações como Wood Mackenzie, a African Continental Free Trade Area (AfCFTA), Eni, ReconAfrica, EITI, Herbert Smith Freehills, TotalEnergies, Africa Oil Corp, Equinor, Tullow Oil, e Fugro, entre outros. Uma plataforma de intercâmbio e investimentos As Mostras Nacionais de Energia da SEveral foram realizadas como parte da agenda do evento para atrair investimentos para o setor energético africano, onde países como Uganda, Quénia, Gabão, Moçambique, Djibuti, Eritreia, Mauritânia, Senegal e Gâmbia mostraram oportunidades de investimento nas respetivas condes,representadas pelos seus governos. Ao longo da semana serão organizadas mais de 24 National Energy Showcases, proporcionando uma plataforma de investimento dedicada para ministros, NOCs, Utilitários e Reguladores para intermediar negócios e conhecer novos parceiros, onde as partes interessadas do governo apresentarão uma análise aprofundada das suas estratégias energéticas nacionais, including prospecting ativo e oportunidades de investimento, dados geológicos e análises, rondas de licitação e concursos públicos, políticas fiscais e operacionais. Falando à margem do evento, Honfa Sanyang, ministro da Energia & Petróleo, República da Gâmbia,afirmou que "a Semana do Petróleo de África é um dos eventos globais mais importantes da atualidade. Está na vanguarda quando se trata de promover o sector petrolífero e energético africano. Participo na Semana do Petróleo de África há sete anos, pelo que sei que este é um evento adequado e uma plataforma correta para destacar o sector energético africano. "Vou anunciar a ronda de licenciamento, por isso o meu discurso será em torno da importância do petróleo e do gás em África e na Gâmbia. A receita que geramos a partir do petróleo e do gás pode ajudar-nos a acelerar as nossas outras energias e questõesambientais", acrescentou. H.E. Abdessalam Ould Mohamed Saleh, Ministro do Petróleo, Minas & Energia República Islâmica da Mauritânia, explicou: "Com um grande número de ministros e representantes de grandes empresas petrolíferas e outros, a AOW 2021 é uma oportunidade para trocar vários temas importantes e quentes, em particular a transição energética. Acabamos de sair da COP26, por isso acho fantástico trocar perspetivas com os nossos homólogos africanos. Estamos a ter uma semana muito boa, e também é excelente ouvir as companhias petrolíferas de várias perspetivas. Esta é uma oportunidade única para todas as pessoas que importam se reunir, e, nessa perspetiva, a Semana do Petróleo de África tem sido uma grande experiência. Convidaria todos os ministros para esta plataforma. Esperemos que isso se repita com mais representação dos governos africanos e de mais empresas petrolíferas e de gás, porque precisamos dessa troca de experiências entre os operadores internacionais, os operadores nacionais e entre as nações africanas. " Discussões repletas de energia O segundo dia do evento começou com um poderoso discurso de abertura do Hon. Thomas Camara, o Ministro das Minas, Petróleo & Energia, Costa do Marfim, seguido de um discurso sobre "Reimagining the African Upstream by Wood Mackenzie, que explorou a forma como a indústria tem reagido a uma paisagem de mercado em mudança, identificando oportunidades para novos players e ativos de alto valor no horizonte, além de analisar os efeitos macro-efeitos da transição energética global na África a montante. Um dos painéis mais dominantes do dia foi as "Políticas de Transição Energética para uma Paisagem Em Mudança: Estimular o Crescimento Económico Nacional e o Investimento", que contou com ministros da República Islâmica da Mauritânia, república do Gana, República do Uganda e Costa do Marfim. O painel incluiu discussões abrangentes sobre a pressão renovada sobre os governos africanos dependentes dos combustíveis fósseis para melhorar os seus termos fiscais e regulamentares e explorar novas indústrias ou políticas para diversificar as suas economias. No final do segundo dia, o IET convocou um Diálogo Energético Africano fechado, de alto nível, que incluiu discussões em torno de fatores críticos que conduzirão à transição para uma economia sustentável e descarbonizada. O diálogo visou proporcionar aos políticos a oportunidade de trocar ideias sobre tendências emergentes e questões críticas sobre a realização de uma transição energética sustentável, o papel do sector extrativo na geração de receitas, o desenvolvimento de políticas para atrair investimentos de qualidade, e como podem os governos participar num debate público construtivo para levar a reformas sustentáveis, entre outras. Interesse dos Emirados Árabes Unidos no Mercado Africano Com os investimentos dos Emirados Árabes Unidos em África a atingirem os 5,64 mil milhões de dólares nos últimos anos, a AOW servirá de plataforma para alimentar futuras colaborações e parcerias que podem resultar em negócios adicionais de alto valor no setor energético. Num discurso de abertura, H.E. Suhail Al Mazrouei, Ministro da Energia e Infraestruturas dos Emirados Árabes Unidos, destacou os laços de longa data dos Emirados Árabes Unidos com as nações africanas e destacou a posição do país como um centro financeiro global emergente. (Carta) |
Dados recolhidos nas Cidades de Maputo, Beira e Nampula, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam que, nas vésperas da quadra festiva, o país registou uma subida geral de preços (inflação) na ordem de 0,89%, em comparação com o mês de Setembro. As divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas e de transportes foram as de maior destaque, ao contribuírem no total da variação mensal com cerca de 0,43 e 0,23 pontos percentuais (pp) positivos, respectivamente.
Segundo o INE, a maior subida por produto verificou-se no preço da gasolina (3,7%), do tomate (5,3%), do coco (15,5%), do peixe seco (3,6%), do carapau (1,5%), de refeições completas em restaurantes (0,5%) e do peixe fresco (1,2%), tendo contribuído no total da variação mensal com cerca de 0,59 pp positivos.
A Autoridade Estatística verificou, porém, que alguns produtos com destaque para o amendoim (2,4%), a cebola (2,7%) e a farinha de mandioca (6,6%), contrariaram a tendência de aumento, ao contribuírem com cerca de 0,05 pp negativos.
“De Janeiro a Outubro do ano em curso, o país registou um aumento de preços na ordem de 4,14%. As divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Restaurantes, hotéis, cafés e similares, foram as de maior destaque, ao contribuírem no total da variação acumulada com cerca de 1,97 pp e 0,59 pp positivos, respectivamente”, lê-se num comunicado do INE.
Analisando a variação mensal pelos três centros de recolha que servem de referência para a variação de preços do país, o INE notou que, em Outubro último, todas as cidades registaram aumento de preços, com a Cidade de Nampula a se destacar com cerca de 1,20%, seguida da Cidade de Maputo com 0,87% e, por fim, a Cidade da Beira com aproximadamente de 0,47%. (Carta)
O Banco Mundial tende, nos últimos meses, a ser o maior e melhor parceiro financeiro de Moçambique. Como consequência, os empréstimos aprovados por aquela instituição financeira mundial para o país duplicaram em 2021.
Dados constantes no site oficial do Banco Mundial em Moçambique revelam que, no ano económico de 2021, o país recebeu 1.1 bilião de USD de empréstimos daquela instituição, montante que é metade dos 2.2 biliões de USD das chamadas “dívidas ocultas”.
O valor emprestado em 2021 representa o dobro da verba concedida pelo Banco Mundial em 2020, em que o crédito contratado àquela instituição da Bretton Woods atingiu 527 milhões de USD.
O montante concedido este ano é ainda menor em relação aos empréstimos aprovados em 2019, 2018 e 2017, cujas verbas se situaram em 560 milhões, 525 milhões e 104 milhões de USD, respectivamente. A soma dos empréstimos aprovados pelo Banco Mundial para Moçambique nos últimos cinco anos ascende a pouco mais de 2.8 biliões de USD.
Dos empréstimos de 2021, o destaque vai para os 150 milhões de USD para melhorar a renda e aumentar resiliência no norte de Moçambique; 115 milhões de USD para impulsionar a vacinação contra a Covid-19 em Moçambique; 100 milhões de USD em apoio ao Projecto de Ligações Económicas para a Diversificação Económica do Governo de Moçambique, que apoia Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs).
Embora estas informações estejam disponíveis no site do Banco Mundial, escasseiam detalhes sobre quando e quanto de juros Moçambique deverá pagar à instituição. (Evaristo Chilingue)
A empresa Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) pretende contratar uma firma para a prestação de serviços de despacho aduaneiro de mercadorias. De acordo com um anúncio publicado no jornal “Notícias”, a contratação da firma enquadra-se “no âmbito das suas actividades de manutenção e reparação do sistema electroprodutor e das áreas de suporte”, o que lhe exige importar diversas mercadorias.
Dos vários requisitos, a HCB exige certidão de registo comercial; carteira profissional para os serviços de despacho aduaneiro; experiência mínima de cinco anos no exercício da actividade; possuir relatório de contas dos últimos três anos; situação regularizada nas finanças e segurança social, bem como não estar em processo de insolvência e recuperação.
De acordo com o anúncio, as instituições interessadas poderão também obter o caderno de encargos sem custos no site da HCB, até ao dia 15 de Novembro corrente. (Carta)
Em Outubro, as condições das empresas privadas fortaleceram-se ainda mais, uma vez que as novas encomendas deram origem a um crescimento renovado da produção e à contratação de um maior número de pessoal, revela o relatório do inquérito Purchasing Managers’ Index (PMI), elaborado mensalmente pelo Standard Bank.
O principal valor calculado pelo PMI determina que valores acima de 50,0 apontam para uma melhoria nas condições das empresas no mês anterior, ao passo que valores abaixo de 50,0 mostram uma deterioração. No mês passado, o valor do PMI situou-se em 52,1 pontos, um indicador de uma melhoria moderada do estado da economia do sector privado, sendo ainda maior do que a registada em Setembro (50,4). A nossa fonte sublinha ainda que o registo também foi o mais alto dos últimos quatro meses e um dos maiores registados nos últimos seis anos.
“O número de novas encomendas aumentou pelo segundo mês consecutivo em Outubro, impulsionado pela contínua recuperação da procura por parte dos clientes após as medidas relacionadas com a pandemia. O ritmo de crescimento sofreu uma aceleração em relação a Setembro, mantendo-se sólido de uma forma geral. Como consequência, os níveis de produção aumentaram pela primeira vez em três meses, tendo continuado a existir uma modesta aceleração do emprego”, lê-se no documento.
Embora a actividade tenha aumentado em quatro dos cinco sectores gerais monitorizados da economia, o relatório diz que se registou uma diminuição acentuada no sector de fabrico, onde a produção foi novamente afectada por um baixo número de encomendas e por dificuldades de aquisição de meios de produção, devido a problemas com as cadeias de abastecimento globais.
“Os problemas relacionados com o fornecimento contribuíram para a desaceleração da chegada de meios de produção no início do quarto trimestre. Isto significou um prolongamento geral dos prazos de entrega pela primeira vez em mais de um ano, embora esta situação se tenha sentido de forma ligeira”, explica a fonte.
O PMI constatou que o aumento do preço das matérias-primas deu origem a um aumento significativo dos custos de aquisição durante o mês de Outubro, o mais rápido desde o mês de Junho. Entretanto, observaram os analistas, os esforços de aumento do pessoal levaram a uma subida acentuada dos custos de mão-de-obra durante quase dois anos. “Embora os custos mais elevados e a procura cada vez maior tenham originado um aumento dos preços médios cobrados nas empresas moçambicanas, a taxa de inflação abrandou, sendo apenas modesta”, lê-se no PMI.
O relatório revela ainda que as expectativas empresariais para o próximo ano permaneceram sólidas durante o mês de Outubro, sendo que cerca de 65% do painel de inquiridos previram o aumento dos níveis de produção, devido às melhores perspectivas na recuperação da pandemia.
O PMI do Standard Bank Moçambique é compilado a partir das respostas aos questionários enviados aos directores de compras de um painel de cerca de 400 empresas do sector privado. O painel é estratificado por sector específico e dimensão das empresas em termos de número de colaboradores, com base nas contribuições para o Produto Interno Bruto. Os sectores abrangidos pelo inquérito incluem a agricultura, a mineração, o sector manufactureiro, a construção, o comércio por grosso, o comércio a retalho e os serviços. (Carta)