Em finais do ano de 2020, a confiança do sector de produção industrial, que inclui também a produção e distribuição de electricidade, gás e de água, aumentou ligeiramente, facto que ocorreu pelo segundo mês consecutivo, tendo o respectivo saldo continuado abaixo da média da respectiva série temporal.
Essa informação foi recentemente tornada pública pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em brochura sobre os Indicadores de Confiança e de Clima Económico, referente ao mês de Novembro.
Em termos estatísticos, a nossa fonte mostra que o indicador de confiança do sector situou-se em 96.1 pontos em Novembro, contra 93.6 pontos registados no mês anterior.
“Esse aumento da confiança do sector foi influenciado pela apreciação positiva das perspectivas da procura, facto que permitiu que suplantasse as restantes componentes do indicador síntese do sector, que diminuíram no mês em análise”, justifica o INE.
Ainda nesse sector, a autoridade estatística nacional revela que cerca de 58% das empresas deste sector enfrentou algum constrangimento no mês em análise, o que correspondeu a uma redução de 3% de empresas com constrangimentos face ao mês anterior, facto alinhado com o indicador sectorial que aumentou.
De entre vários factores, o INE diz que continuaram a afectar o sector industrial a falta de matéria-prima (28%), a concorrência (15%), a falta de acesso ao crédito (15%) e os outros factores não especificados (26%), como principais obstáculos que dificultaram o desempenho óptimo do sector.
A publicação “Indicadores de Confiança e de Clima Económico” é uma brochura sobre os resultados do inquérito de conjuntura, realizado mensalmente pelo INE no país. Trata-se de uma compilação de opinião dos agentes económicos (gestores de empresas) acerca da evolução corrente da sua actividade e perspectivas a curto prazo, particularmente sobre emprego, procura, encomendas, preços, produção, vendas e limitações da actividade.
Num cômputo geral, o INE relata que a conjuntura económica, no mês de Novembro, manteve-se favorável pelo quarto mês consecutivo, facto que continuou a dever-se às apreciações positivas das perspectivas de emprego e da procura que aumentaram ligeiramente no mês de referência. O saldo saiu de 83.3 pontos em Outubro, para 86.4 no mês de Novembro, uma subida de três pontos. (Carta)
As empresas Vale S.A (“Vale”) e Mitsui Corporation (“Mitsui”) deram a conhecer, ao Estado moçambicano, através dos Ministérios dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) e Transportes e Comunicações, que a Vale vai adquirir a totalidade da participação societária da Mitsui nas estruturas da Vale Moçambique (Mina) e das empresas da Nacala Logistcs (Corredor) em Moçambique e no Malawi.
Um comunicado do MIREME, recebido esta manhã, na nossa Redacção, explica que a transação deverá ser concluída a 30 de Junho de 2021 e tem, entre os seus principais objectivos, permitir a simplificação da estrutura societária para facilitar a transição para um novo operador no negócio.
“A Vale e a Mitsui caminham no sentido de retirar o carvão do seu portfólio, focando assim nos seus negócios core. Ambas indicaram ainda que com este processo pretendem cumprir com a agenda de redução de emissão de carbono a que já, publicamente, se comprometeram”, lê-se no comunicado.
A nota do MIREME detalha que o processo de reestruturação se guiará por uma série de pressupostos, nomeadamente, a salvaguarda dos direitos dos trabalhadores e das comunidades onde a empresa opera; o cumprimento das obrigações legais, dos contratos de bens e serviços; das obrigações socio-ambientais; e a identificação de um novo investidor com idoneidade e capacidade reconhecida para conduzir o projeto.
“Ambas empresas reconhecem o potencial das suas operações em Moçambique e Malawi, e estão actualmente a fazer investimentos significativos para melhorar o seu desempenho, além de capacitar a mão-de-obra moçambicana, de modo a alcançar uma operação produtiva e sustentável”, sublinha o comunicado.
Por último, a nossa fonte refere que as empresas em questão comprometeram-se a cooperar com os vários órgãos do governo por forma a garantir uma transição suave e com menor impacto em todas as partes interessadas.
Nesta operação, o MIREME garante que vai fazer o acompanhamento de todo processo para que o mesmo decorra em estrito respeito a legislação moçambicana. (Carta)
Não está para já a solução para a crise de transporte instalada nas maiores cidades do país, em particular nos municípios de Maputo e Matola, onde diariamente os citadinos enfrentam “duras batalhas” para deslocarem-se aos seus postos de trabalho, assim como para regressar ao convívio familiar.
Esta quarta-feira, a Agência Metropolitana de Transportes de Maputo (AMT), responsável pela planificação e gestão do sistema integrado de transportes nos municípios de Maputo, Matola e distritos de Boane e Marracuene, na província de Maputo, anunciou que só em Agosto próximo (daqui a sete meses), é que o país irá receber novos autocarros para suprir o actual défice de transporte.
Ao todo, serão 100 novos autocarros que serão recebidos pelo Governo moçambicano e que, posteriormente, serão distribuídos pelas 10 províncias do país, tal como avançou o Presidente do Conselho de Administração da AMT, António Matos, numa conferência de imprensa.
Para a área metropolitana de Maputo, Matos avançou que os novos autocarros serão movidos a gás natural e a sua manutenção está completamente assegurada.
Entretanto, o PCA da AMT revelou que o Governo adquiriu 15 viaturas mistas para o transporte de passageiros e carga nas zonas de difícil acesso. Tal facto permitiu que a AMT introduzisse transporte na península de Machangulo, Ilha de Inhaca, assim como minimizar as dificuldades Isabel (Marracuene); Boquisso, Muhalaze e Mukatine (Município da Matola); Catuane, Tinonganine e Hindane (Matutuine). (Marta Afonso)
Em Novembro último, o Indicador de Confiança Empresarial do sector da construção voltou a contrair-se, embora tenuemente, continuando assim com a trajectória descendente que vem registando nos últimos três meses da sua série temporal, reporta o Instituto Nacional de Estatística (INE), em brochura sobre os Indicadores de Confiança e de Clima Económico.
No mês em análise, o saldo do sector da construção situou-se em 79.7 pontos contra os 80 pontos registados no mês anterior.
A autoridade explica que a queda ténue da confiança foi influenciada pela avaliação desfavorável da carteira de encomendas, facto que ocorreu pelo segundo mês consecutivo e que se traduziu na queda drástica da perspectiva de emprego apesar da subida ligeira da perspectiva de volume de negócios no período de referência.
“Em alinhamento com o indicador síntese do sector, a actividade actual foi de ténue redução, numa conjuntura em que a perspectiva de preços do sector aumentou de forma ligeira se comparada com o mês anterior”, acrescenta o INE em brochura.
No sector da construção, a nossa fonte reporta que cerca de 39% de empresas registou, no mês de referência, alguma limitação no desempenho normal da sua actividade, o que representou 9% de diminuição de empresas em dificuldades face ao mês anterior.
Os principais obstáculos, lembra o INE, continuaram a ser a baixa procura (48%), a falta de acesso ao crédito (15%) e os outros factores não especificados (24%), em ordem de importância.
A publicação “Indicadores de Confiança e de Clima Económico” é uma brochura sobre os resultados do inquérito de conjuntura, realizado mensalmente pelo INE no país. Trata-se de uma compilação de opinião dos agentes económicos (gestores de empresas) acerca da evolução corrente da sua actividade e perspectivas a curto prazo, particularmente sobre emprego, procura, encomendas, preços, produção, vendas e limitações da actividade.
Num cômputo geral, o INE relata que a conjuntura económica no mês de Novembro manteve-se favorável pelo quarto mês consecutivo, facto que continuou a dever-se às apreciações positivas das perspectivas de emprego e da procura que aumentaram ligeiramente no mês de referência. O saldo saiu de 83.3 pontos em Outubro, para 86.4 no mês de Novembro, uma subida de três pontos. (Carta)
A Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO) abriu, na última sexta-feira (15), quatro propostas de respectivas empresas que concorrem para o fornecimento e transporte de gás de cozinha (GPL) a granel para Moçambique no período de Abril a Setembro de 2021 corrente.
Trata-se de BGN, GEOGAS, IPG, PETREDEC que compraram cadernos de encargo à IMOPETRO. Todavia, desses quatro concorrentes, a BGN e PETREDEC não apresentaram nenhuma proposta financeira.
Segundo o Director da IMOPETRO, João Macanja, aquelas empresas não apresentaram propostas por não estarem em condições de fazê-lo. “Simplesmente disseram que não estariam em condições de apresentar propostas desta vez”, afirmou Macanja.
Já os restantes concorrentes, GEOGAS, IPG propuseram-se a importar uma tonelada métrica, por 165 USD e 179.37 USD, respectivamente.
Após a abertura, segue-se a fase de análise das propostas, um processo que dura 30 dias e que culmina com a adjudicação do melhor concorrente.
O IMOPETRO refere que a descarga do GPL será em lotes de até 5000 toneladas por mês nos portos de Maputo e Beira. Actualmente, fornece gás a Moçambique a empresa IPG do Kuwait. (Evaristo Chilingue)
Uma task force, equipa de recuperação da receita, com base na análise de processos de contabilidade, criada pela Delegação da Autoridade Tributária de Moçambique (AT) da Cidade de Maputo em coordenação com a Unidade de Auditoria Tributária e Aduaneira (UATA), apurou, em menos de três meses, pouco mais de 53 milhões de meticais devidos ao Estado, em 2020, por parte de algumas empresas que operam naquele ponto do país.
A informação consta de um boletim informativo da AT, recentemente divulgado. A nossa fonte refere que a equipa, criada em princípios deste ano para fazer face à suspensão das actividades rotineiras de auditoria e fiscalização, devido à pandemia da Covid-19, analisou 1.602 processos, tendo apurado 40 milhões de Meticais em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC), 12.6 milhões de Meticais em Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) e ainda 888.2 mil de Meticais de IRPC de Tributação Autónoma, em processos que não tinham sido devidamente cobrados.
Após o apuramento, a AT desdobra-se para recuperar o valor sonegado com a notificação dos sujeitos passivos com vista à liquidação destes montantes.
Citado pelo boletim, o Delegado Provincial, Sidónio Jacob, louvou o esforço empreendido pela equipa composta por 12 técnicos provenientes das unidades de cobrança adstritas à referida delegação, pois, irá permitir o encaixe de mais receitas para os cofres do Estado. (Carta)