Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Sociedade

O Governo de Moçambique aprovou formalmente a selecção da agricultura e do transporte rural como sectores-chave para o próximo “compacto” de projectos de desenvolvimento financiados pelo Millennium Challenge Corporation (MCC) do Governo dos EUA. 

 

Após mais de seis meses de entrevistas com centenas de intervenientes moçambicanos, e uma análise económica intensa pelo MCC e seus parceiros moçambicanos, o MCC e o Governo de Moçambique identificaram conjuntamente estes dois sectores como os principais veículos para um crescimento económico mais inclusivo no país. 

 

O passo seguinte no processo de desenvolvimento do compacto é analisar e identificar as causas do desempenho, relativamente fraco, do sector agrícola de Moçambique e o elevado custo do transporte rural.  Com base nestas conclusões, a equipa de desenvolvimento do compacto do Governo de Moçambique – liderada pelo Coordenador Nacional Higino de Marrule – trabalhará nas propostas específicas para a consideração neste compacto do MCC. 

 

O Embaixador dos EUA em Moçambique, Dennis W. Hearne, afirmou: “Este próximo compacto do MCC é uma oportunidade para fazer investimentos duradouros no sector agrícola de Moçambique, que desempenha um papel crítico no desenvolvimento de todo o país”. O diplomata elogiou ainda o trabalho árduo e a persistência da equipa do MCC ao longo deste processo de desenvolvimento do compacto. 

 

Segundo o Director Nacional do MCC, Kenneth Miller, factores como o baixo uso de fertilizantes e sementes de qualidade inferior podem contribuir para o fraco desempenho do sector agrícola de Moçambique, enquanto as lacunas na rede de estradas rurais aumentam os custos para os agricultores e limitam as oportunidades de exportação. 

 

Criado em 2004, o MCC é uma agência inovadora de assistência estrangeira, concebida para fornecer programas que reduzam a pobreza nos países em desenvolvimento através do crescimento económico.  
O MCC e o Governo de Moçambique desenvolveram um compacto de cinco anos avaliado em 506,9 milhões de USD, em 2008, para investir em água e saneamento, estradas, posse de terra, e agricultura, através de investimentos como a construção de 614 pontos de água rurais nas províncias de Nampula e Cabo Delgado, o número de pessoas com acesso à água limpa mais do que duplicou.  (Carta)

O departamento de Previsão de Tempo, do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), comunica às populações da existência de baixa pressão, sobre as águas do Oceano Índico, a nordeste das ilhas Maurícias.

 

De acordo com o comunicado do INAM, emitido esta segunda-feira (21 de Dezembro), dependendo das condições atmosféricas, o mesmo sistema poderá evoluir para Depressão Tropical com possibilidades para entrar no canal de Moçambique na semana de 28 de Dezembro a 03 de Janeiro de 2021.

 

Contudo, desde já e até aos próximos sete dias, o Canal de Moçambique continuará calmo.


Entretanto, o INAM lança um apelo às populações para que continuem a acompanhar a informação meteorológica e os avisos difundidos pelas autoridades competentes. (Marta Afonso)

Moçambique registou, nas últimas 24 horas, a morte de mais um paciente infectado pelo novo coronavírus, elevando o número de óbitos para 149, havendo ainda mais 129 novos casos de pessoas infectadas.

 

Quem perdeu a vida foi um cidadão moçambicano, de 46 anos, de sexo masculino. O infortúnio aconteceu esta segunda-feira numa unidade hospitalar da cidade de Maputo, após o agravamento do estado de saúde do finado.

 

Com os 129 casos registados esta segunda-feira, o país soma cumulativamente 17.695 casos positivos, dos quais 17.382 casos são de transmissão local e 313 casos são importados. Os casos novos são da cidade de Maputo (52), províncias de Maputo (10), Gaza (21), Inhambane (16), Zambézia (11), Nampula (17).

 

O país conta actualmente com oito novos internamentos na cidade de Maputo, totalizando 45 pacientes nos Centros de Internamento de Covid-19 e em outras Unidades Hospitalares, das quais 88.9% (destes pacientes) encontram-se na cidade de Maputo.

 

De acordo com o comunicado do Ministério da Saúde (MISAU), nas últimas 24 horas registaram-se 279 casos totalmente recuperados da Covid-19, sendo  13 casos na província da Zambézia, quatro na província de Tete e 262 na cidade de Maputo.
Assim, Moçambique conta com 15.733 (88.9%) indivíduos totalmente recuperados da doença e 1.809 casos activos da doença. (Marta Afonso)

segunda-feira, 21 dezembro 2020 08:22

Covid-19: MISAU reporta mais uma morte e 91 casos novos

O número de vítimas mortais causadas pela Covid-19 subiu, este domingo, para 148, com o anúncio de mais uma morte. Segundo o Ministério da Saúde (MISAU), o óbito ocorreu este domingo, na cidade de Maputo, tendo perdido a vida uma mulher de 80 anos de idade.

 

De acordo com actualização deste domingo, foram diagnosticados mais 91 casos positivos do novo coronavírus, aumentando para 17.568, o cumulativo de infecções desde 22 de Março. Os novos casos foram registados na cidade de Maputo (44) e nas províncias de Sofala (14), Zambézia (oito), Gaza (sete), Tete (seis), Maputo (seis), Cabo Delgado (cinco), Inhambane (um).

 

Sobre os internados, o MISAU refere que 39 pacientes estão actualmente hospitalizados nos centros de isolamento para doentes da Covid-19.

 

Entretanto, mais três pessoas estão totalmente recuperadas da Covid-19, todas na província de Inhambane. No total, 15.454 (88%) já recuperaram da Covid-19, sendo que apenas 1.962 continuam infectados pelo vírus. (Marta Afonso)

Um “predador sexual”, de 32 anos de idade, foi condenado, última sexta-feira, pelo colectivo de juízes do Tribunal Judicial da Província da Zambézia (TJPZ) a uma pena de 33 anos de prisão maior, por violação de uma menor de 10 anos de idade. O crime, que chocou a cidade de Mocuba, ocorreu em 2019.

 

Segundo consta da sentença, que era bastante aguardada pelas organizações da sociedade civil, que trabalham na defesa dos direitos das crianças, tudo aconteceu quando o agressor, aproveitando-se da inocência da vítima, arrastou esta a uma mata, de modo a consumar os seus apetites.

 

De acordo com o colectivo de juízes do TJPZ, para além dos 33 anos de prisão maior, o “predador” terá de pagar uma indemnização de 200 mil Meticais por danos morais e traumáticos que causou à menor e à sua família.

 

Referir que a província da Zambézia tem sido assolada por casos bárbaros de violência sexual contra menores de idade, sendo que algumas vêem retirados seus órgãos genitais para tráfico e fins supersticiosos. (O.O.)

Tudo indica que está à vista o aproximar de posições entre o Governo e a auto-proclamada Junta Militar, liderada por Mariano Nhongo. O líder da Junta Militar da Renamo manifestou, semana finda, a disponibilidade para iniciar o diálogo com o Governo de Filipe Nyusi.  Mariano Nhongo mostrou abertura para o diálogo, um dia depois do Presidente da República ter anunciado uma ofensiva contra aquele movimento dissidente do maior partido da oposição, alegadamente por terem sido esgotadas todas as tentativas de negociação. À Junta Militar da Renamo é imputada a autoria moral e material dos ataques armados nas províncias de Manica e Sofala, região centro do país. 

 

Falando à jornalistas a partir de “parte incerta”, Mariano Nhongo não só deu a garantia de que estava disponível para dialogar com Filipe Nyusi como também exigiu garantias de que os seus homens não seriam sequestrados. 

 

Aliás, durante a interação com os jornalistas, Nhongo deixou a certeza de que hoje (segunda-feira) nomearia uma equipa para dialogar com o executivo de Filipe Nyusi. Na sequência, o líder da auto-proclamará Junta Militar da Renamo vincou a necessidade da Assembleia da República aprovar uma resolução para garantir que os seus homens não fossem sequestrados.  Citado este domingo pelo Jornal O País, Mirko Manzoni confirmou o início das conversações a com o Governo. Manzoni confirmou o que manteve contacto com Mariano Nhongo.

 

Segundo aquela publicação, o presidente do grupo de contacto confirmou a disponibilidade do líder da Junta Militar  e ainda a vontade,

 

deste, em negociar para pôr fim ao clima de instabilidade. Entretanto, o diálogo entre Filipe Nyusi e Mariano Nhongo tem lugar depois de, recentemente, esse último ter assegurado que não avançaria com qualquer demarche negocial,alegadamente porque exigia a publicação, por parte do chefe do Estado, de um documento onde vêm publicado os seus principais anseios.

 

No passado mês de Novembro, foi tomada pública a aludida carta de Mariano Nhongo. Na essência, a Junta militar exige a saída de Ossufo Momade da presidência do partido Renamo e a necessidade de ser tido como um interlocutor válido no processo que tem vista o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração  (DDR) dos antigos guerrilheiros.  Inserido nos esforços para dialogar com Mariano Nhongo, o Presidente da República chegou mesmo a decretar trégua unilateral e uma semana, período que acabou esgotando sem que se conhecesse qualquer resultado concreto. 

 

Mariano Nhongo encontrou no ataque aos seus homens o fundamento para dialogar com o Governo moçambicano. (Carta)