Cento e doze milhões de Meticais (112.000.000,00 MT) é o valor em falta para garantir o Plano de Contingência 2020/2021, na cidade de Maputo, cujos eventos extremos poderão afectar 70.690 munícipes. Neste momento, a edilidade dispõe de 68 milhões de Meticais, de um total de 180 milhões de Meticais necessários para enfrentar a presente época chuvosa.
Os números foram avançados esta quinta-feira, pelo Presidente do Conselho Municipal da cidade de Maputo, Eneas da Conceição Comiche, durante a apresentação do documento. Segundo Comiche, as inundações urbanas poderão afectar os já conhecidos bairros da Costa do Sol, Muthanhane, Central C, Polana Caniço (A e C) e partes dos bairros da Malanga, Luís Cabral e Chamanculo (B e C).
De acordo com o Edil de Maputo, entre os meses de Outubro, Novembro e Dezembro há previsão de ocorrência de surtos de malária, enquanto nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março, aventa-se a possibilidade de ocorrência de surtos de cólera e diarreias.
“O plano de mitigação dos efeitos nefastos das chuvas e ciclones da cidade de Maputo apresenta três cenários de impacto sócio-económico da época das intempéries. O primeiro cenário antevê que sejam afectadas 13.050 munícipes, no segundo 25.771 e no terceiro uma cifra de 31.869”, explicou a fonte, sublinhando que serão abertos sete centros de acomodação, equivalentes a um centro por cada distrito municipal. (Marta Afonso)
Um menor de sete anos de idade perdeu a vida no passado dia 27 de Novembro, na província de Inhambane, devido à Covid-19. O anúncio foi feito esta quinta-feira, pelo Ministério da Saúde (MISAU), na sua comunicação de actualização de dados sobre a Covid-19, no país.
Sem avançar os motivos do anúncio tardio desta vítima mortal, o MISAU informou apenas que o menor perdeu a vida numa unidade sanitária, onde estava internado. Refere que a recolha da amostra do menor foi efectuada no dia 24 de Novembro, sendo que o resultado foi notificado no dia 02 de Dezembro, porém, este tinha perdido a vida no dia 27 de Novembro. Assim, o total de vítimas mortais subiu para 139, sendo a quarta vítima mortal a ser registada na província de Inhambane.
Ainda na actualização desta quinta-feira, o MISAU reportou o diagnóstico de mais 81 infecções pelo novo coronavírus, identificadas na cidade de Maputo (45) e nas províncias da Zambézia (12), Niassa (nove), Maputo (sete), Gaza (cinco), Sofala (duas) e Cabo Delgado (uma). Assim, o país conta com um cumulativo de 16.521 infecções, das quais 1.663 ainda estão activas.
Em relação aos internados, as autoridades da saúde indicam para o aumento de uma pessoa, em relação ao dia anterior. Assim, 37 pessoas estão internadas no país, das quais 13 entraram de quarta para quinta-feira (uma na província de Inhambane e 12 na cidade de Maputo). Houve ainda 12 altas, todas na cidade de Maputo.
Entretanto, mais 31 pessoas recuperaram da doença, sendo seis na província da Zambézia, seis na província de Inhambane e 19 na província de Gaza. Deste modo, o país contabiliza 14.715 recuperados. (Marta Afonso)
Os vendedores de mercados e profissionais de saúde são os mais expostos ao novo coronavírus, na cidade de Xai-Xai, capital provincial de Gaza, enquanto os transportadores e as Forças de Defesa e Segurança (FDS) são os mais vulneráveis na cidade de Chókwè, o segundo maior centro urbano daquela província do sul do país.
A constatação está expressa no Inquérito Sero-epidemiológico, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), nas duas cidades entres os dias 02 e 12 de Novembro (Xai-Xai) e 16 e 21 também de Novembro (Chókwè), com objectivo de identificar e mapear áreas de maior transmissão do novo coronavírus.
De acordo com os resultados preliminares, divulgados esta terça-feira, na cidade de Xai-Xai, os vendedores dos mercados são os mais expostos (5.9%), sendo seguidos pelos profissionais de saúde (5.7%), transportadores (3.8%) e agregados familiares (3.7%). Já para cidade de Chókwè, os transportadores são os mais vulneráveis (16.1%), seguindo-se as Forças da Defesa e Segurança (10.4%), profissionais de saúde (10.3%), estabelecimentos comerciais (7.5%), vendedores dos mercados (6.8%) e os agregados familiares (5.3%).
Segundo o Inquérito, entre os profissionais de saúde, os enfermeiros é que apresentaram maior exposição (12,3%9, na capital provincial de Gaza; enquanto isso, a seropositividade para o novo coronavírus, nos mercados daquela cidade, é elevada e heterogênea, sendo 9,2% no Mercado Central, 6,7% no Mercado Limpopo e 3.5% nos outros mercados. Já na cidade de Chóckwè, os técnicos de medicina são os mais expostos (11.7%) e a seropositividade é também elevada e heterogênea nos mercados daquele município.
Por seu turno, a seropositividade da pandemia, em crianças e jovens, foi superior à média da sero prevalência nos agregados familiares na cidade de Chókwè (5.6%), enquanto em Xai-Xai a seropositividade ao vírus nos adultos e idosos foi superior à média da sero prevalência nos agregados familiares (4.9% e 4.7%).
No que tange aos bairros, na cidade de Xai-Xai, o bairro Patrice Lumumba possui a seropositividade mais elevada (6.6%) e, em Chókwè, o 2° bairro está no topo (8.0%), no entanto, a transmissão do vírus é dispersa em todos bairros das duas cidades.
Referir que o Inquérito realizado na cidade de Xai-Xai envolveu seis equipas de campo, que integravam 34 inquiridores e 32 mobilizadores, enquanto na cidade de Chókwè, foram seis equipas, constituídas por 30 inquiridores e 20 mobilizadores. (Marta Afonso)
O Ministro do Interior, Amade Miquidade, garante que os autores dos raptos e do terrorismo serão devidamente responsabilizados. A garantia foi dada esta quarta-feira, durante o 3º Conselho Coordenador do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), que decorre no Município da Matola, província de Maputo.
Falando no seu discurso de abertura, Miquidade revelou que diversos agentes da Lei e Ordem estão a ser especializados para lidar com o terrorismo, raptos e homicídios, tipos criminais que têm abalado o país, nos últimos anos.
Referir que, de Janeiro a esta parte, 11 pessoas foram raptadas no país, nas províncias de Maputo (Matola e Boane), Sofala (Beira), Manica (Chimoio) e na cidade de Maputo. Enquanto isso, os ataques terroristas já causaram a deslocação de cerca de 600 mil pessoas e a morte de mais de duas mil, desde Outubro de 2017. (Carta)
Mais duas pessoas perderam a vida, em Moçambique, devido à Covid-19, anunciou, esta quarta-feira, o Ministério da Saúde (MISAU). As novas vítimas mortais foram registadas na cidade de Maputo, tendo morrido dois cidadãos de 70 e 78 anos de idade, que se encontravam internados. Assim, o total de óbitos causados pela pandemia subiu para 138, dos quais 107 foram notificados na capital do país.
Ainda na actualização feita esta quarta-feira, o MISAU anunciou o diagnóstico de 67 novos casos, identificados na cidade de Maputo (48) e nas províncias de Niassa (oito), Maputo (cinco), Nampula (três) e Zambézia (três). Neste momento, o país contabiliza um cumulativo de 16.440 casos positivos do novo coronavírus, dos quais 1.6214 ainda estão activos.
As autoridades da saúde informaram ainda o registo de 11 altas hospitalares, na cidade de Maputo, e mais 11 internamentos na capital do país (10) e província da Zambézia (um), baixando para um total de 36 hospitalizados em todo o país.
Referir que o país registou a recuperação de mais 247 pessoas, elevando para 14.684, o total de indivíduos curados da doença. Os novos recuperados encontram-se nas províncias da Zambézia (cinco), Manica (três), Inhambane (oito) e cidade de Maputo (231). (Marta Afonso)
As chuvas que têm caído, no território nacional, desde o início da época chuvosa 2020/2021 já mataram 33 pessoas, sendo 15 por arrastamento, nove por desabamento e outras nove por descarga atmosférica. A informação foi avançada esta terça-feira, pelo porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suazi, à saída da 43ª Sessão Ordinária do órgão.
Segundo Suazi, como forma de aliviar o sofrimento das populações vítimas das enxurradas, assim como das populações vítimas dos ataques terroristas, na província de Cabo Delgado, e da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, no âmbito da implementação do Plano de Contingência, o Governo já está a assistir cerca de 23.827 pessoas, 5.281 famílias afectadas, 36 feridas estão sendo assistidas neste momento pelo governo.
Referiu, aliás, que os ataques terroristas já causaram a deslocação de 570.696 pessoas e os ataques militares protagonizados pela auto-proclamada Junta Militar da Renamo provocaram 9.970 deslocados. (Marta Afonso)