Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI

Sociedade

segunda-feira, 11 janeiro 2021 07:50

DNIC encerra balcão em Maputo devido à Covid-19

A Direcção de Identificação Civil (DIC), a nível da Cidade de Maputo, irá encerrar, hoje, o seu balcão de atendimento de KaMpfumu, localizado na Avenida Eduardo Mondlane (próximo ao Serviço Nacional de Salvação Pública), na sequência do diagnóstico, na última sexta-feira, de dois casos positivos do novo coronavírus.

 

De acordo com o comunicado de imprensa, enviado este domingo pela Direcção Nacional de Identificação Civil (DNIC), as instalações estarão encerradas ao público para a sua desinfecção e testagem dos colaboradores.

 

Referir que os balcões de atendimento da DIC, a nível da capital do país, podem constituir novos focos de transmissão da doença, devido à inobservância das medidas de prevenção da Covid-19. Há dias, “Carta” esteve no balcão de atendimento da Avenida 24 de Julho e constatou a ausência de termómetro para a medição da temperatura; a falta de água e sabão e/ou desinfectante para a higienização das mãos; assim como o não uso da máscara por parte de alguns funcionários. (Marta Afonso)

sexta-feira, 08 janeiro 2021 07:35

"Caos” em Ressano Garcia pode ter fim à vista

Numa altura em que milhares de cidadãos nacionais e estrangeiros vivem um drama humanitário e o caos se instalou na fronteira de Ressano Garcia (depois da quadra festiva) – havendo relatos de filas de viaturas com mais de 15 quilómetros, porque as autoridades sul-africanas não aceitam os resultados dos testes da Covid-19 realizados em Moçambique – o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, visitou o posto fronteiriço de Ressano Garcia e anunciou à imprensa que decorrem negociações com a África do Sul para que haja consenso sobre a aceitação de testes rápidos da Covid-19, que Moçambique pretende passar a realizar junto à fronteira.


Tiago, que se fazia acompanhar por membros seniores do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), Saúde e Polícia da República de Moçambique (PRM), disse que as negociações visam que os referidos testes sejam realizados do lado moçambicano da fronteira e que sejam aceites no país vizinho.

 

De acordo com Armindo Tiago, Moçambique já criou condições para fazer testes da Covid-19, tendo instalado dois pontos para o despiste da doença na fronteira de Ressano Garcia.


Desde Dezembro de 2020, a África do Sul introduziu a obrigatoriedade de realização de testes para a Covid-19 para todos os cidadãos, incluindo camionistas, situação que não acontecia antes da eclosão da nova variante mais letal do vírus na terra de Madiba e de informações que vieram a público dando conta da existência de “venda” de resultados de testes de Covid-19 negativos em Moçambique. (O.O) 

Eram 01:30 horas da madrugada desta quinta-feira (07) quando um incêndio deflagrou no porão de uma embarcação que se encontrava atracada há dois meses no porto de Pesca de Quelimane, na Província da Zambézia.


O incêndio acabou asfixiando um cidadão de nacionalidade chinesa que perdeu a vida a caminho do hospital. A embarcação, que era ocupada por quatro tripulantes, foi pega de surpresa pelo incêndio enquanto estes dormiam.

 

De acordo com Manuel Cumaio, representante do Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP) na Zambézia, no levantamento feito junto dos funcionários do Porto, constatou-se que, na quarta-feira, um técnico de frio fez a revisão dos aparelhos de ar-condicionado, tendo na ocasião deixado algumas ligações em condições de segurança algo duvidosas. Cumaio explicou que o incêndio começou num dos camarotes, sendo provável que o mesmo tenha sido provocado pelos cabos ligados ao ar-condicionado.

 

Esta é a segunda vez, em quatro anos, que uma embarcação da empresa Krustamoz pega fogo e mata um cidadão de nacionalidade estrangeira. Entretanto, os outros três tripulantes de nacionalidade moçambicana foram socorridos e encontram-se a recuperar num hospital, em Quelimane. (O.O) 

As autoridades moçambicanas capturaram, na terça-feira, um cidadão estrangeiro que tentou infiltrar-se nas forças do governo durante os exercícios matinais, disse o porta-voz das Forças de Defesa e Segurança.


“O trabalho que  realizamos mostra que o indivíduo pretendia reconhecer nossas últimas posições”, revelou Freitas Norte, sem indicar a nacionalidade do homem.

 

Segundo a Televisão de Moçambique, Norte disse que, para além de se infiltrar nas FDS, a estratégia dos grupos insurgentes que efectuam ataques armados em Cabo Delgado passa também pela publicação de falsos anúncios de emprego na região.


As Forças de Defesa e Segurança procuram “identificar outras pessoas envolvidas na recolha de informação”, acrescentou Norte. (Carta)

O Ministério da Saúde (MISAU) anunciou esta quarta-feira a morte de mais uma pessoa por Covid-19, elevando o total para 172, num dia em que mais 125 novas infecções foram registadas.

 

A vítima, de sexo masculino, 64 anos de idade, é de nacionalidade moçambicana e morreu na terça-feira, durante o seu período de internamento numa unidade hospitalar da cidade de Maputo, refere a nota de actualização de dados sobre a pandemia de Covid-19 no país.

 

As autoridades anunciaram também mais 125 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, elevando assim o total de casos registados no país para 19.667, dos quais 19.351 são de transmissão local e 316 casos são importados. Do total dos casos, a cidade de Maputo registou uma vez mais a maioria dos casos (40), seguida das províncias de Manica (37), Sofala (nove), Cabo Delgado e Tete (seis) casos respectivamente, Gaza (quatro) e Niassa (um).

 

Moçambique notificou ainda mais 19 novos internamentos hospitalares (dois na província da Zambézia, um em Sofala, um em Gaza e 15 na cidade de Maputo) e seis altas hospitalares (uma na província de Sofala e cinco na cidade de Maputo).
Assim, o país conta com 92 pacientes internados nos Centros de Internamento de Covid-19 e em outras Unidades Hospitalares, sendo que, destes, 77.2% encontram-se na cidade de Maputo.

 

Nas últimas 24 horas mais 72 pacientes recuperaram totalmente da Covid-19, dos quais nove casos na província da Zambézia, 30 em Tete, 11 na província de Maputo e 22 na cidade de Maputo. Todos os casos recuperados, hoje reportados, são de nacionalidade moçambicana. Actualmente, Moçambique conta com 17.141 pacientes totalmente recuperados da doença e 2.350 casos activos da Covid-19. (Marta Afonso)

Numa altura em que várias instituições se movem para esclarecer o famigerado caso, alegadamente, envolvendo Afonso Dias, Comandante Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Morrumbala, na província da Zambézia, e uma menor de 16 anos de idade, o porta-voz da PRM na Zambézia, Sidner Lonzo, chamou a imprensa esta terça-feira para desmentir a informação e as Organizações da Sociedade Civil que denunciaram o caso.

Segundo Lonzo, o comandante não tem qualquer caso com a menor, até porque, de acordo com suas palavras: "instaurámos uma comissão de inquérito que foi até ao distrito de Morrumbala e constatámos que não há evidências do envolvimento do comandante distrital com a dita menor".

 

O caso vem levantando fortes debates e repúdios desde que uma denúncia foi despoletada por Organizações da Sociedade Civil. Trata-se do caso de uma alegada união entre o Comandante da PRM do Distrito de Morrumbala (Zambézia) e uma menor de 16 anos, que foi acompanhada por "alguns funcionários seniores do Estado naquele distrito".

 

De salientar que três Organizações da Sociedade Civil denunciaram a “atitude hedionda” do Comandante Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) de Morrumbala.
As referidas organizações nacionais que trabalham na área da protecção dos direitos da criança são: Rede Contra o Abuso de Menores - Rede CAME, Rede da Criança-RDC e Fórum da sociedade Civil para os Direitos da Criança – ROSC.
Todas elas se juntaram para repudiar a atitude do Comandante Distrital da PRM do Distrito de Morrumbala que, não obstante ser um agente da lei e ordem, de uma forma deliberada e consciente, (a seu ver) violou os direitos e o bem-estar de uma criança duma forma grosseira e pública, ao contrair matrimónio com a mesma.

 

Mais grave do que tudo é que, de acordo com fontes ouvidas pela nossa reportagem, o caso terá ocorrido há alguns anos, quando a referida rapariga tinha apenas 14 anos de idade, tendo o mesmo sido consentido pelos próprios familiares. Hoje, com 16 anos, e com um filho do Comandante, tudo foi feito para “fechar as lacunas legais” e possíveis implicações futuras como estas levantadas nos últimos dias pelas OSC. (Carta)