Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Sociedade

A cidade de Maputo, a capital da República de Moçambique, continua a liderar as estatísticas, no que tange ao número de casos do novo coronavírus, assim como de vítimas mortais, causadas pela pandemia. Também possui o maior número de doentes de Covid-19 internados nas unidades sanitárias.

 

Esta terça-feira, as autoridades da saúde anunciaram a ocorrência de mais uma vítima mortal, subindo para 68, o total de pessoas que perderam a vida devido à Covid-19, na capital do país. A província de Nampula é a segunda com maior número de fatalidades, tendo registado, até ao momento, seis vítimas mortais, contra quatro registadas na província de Maputo. Ao todo, o país já contabiliza 89 vítimas mortais, causadas pela doença.

 

No que tange ao número de infecções, esta terça-feira foram anunciadas mais 112, sendo 29 na cidade de Maputo. No total, o país já conta com 12.273 casos positivos do novo coronavírus, sendo que 6.000 foram notificados na capital do país, sendo seguida apenas pelas províncias de Maputo (2.181) e Zambézia (800).

 

A capital do país é ainda responsável pelo maior número de pacientes internados nas unidades sanitárias, contando com 44 pacientes hospitalizados, dos 47 existentes em todo o país. Os restantes estão na província de Maputo.

 

Detendo quase a metade dos casos positivos registados, em todo o país, a cidade de Maputo é naturalmente a responsável pelo maior número de pessoas recuperadas, contabilizando 3.750 recuperados, seguindo-se também as províncias de Maputo e Zambézia com 1.801 e 784 recuperados, respectivamente. Em todo o país, refira-se, 9.282 pessoas (76.1%) já recuperaram da doença.

 

Sublinhar que, neste momento, 2.898 pessoas estão infectadas pelo novo coronavírus, em todo o país, das quais 2.042 estão na capital do país. (Marta Afonso)

Nenhum empresário beirense será sancionado por ter encerrado o seu estabelecimento comercial sem cumprir com as normas estabelecidas para o efeito. A garantia foi dada esta segunda-feira, pela Inspectora-Geral da Inspecção Nacional das Actividades Económicas, Maria Rita Freitas, em conferência de imprensa, concedida ontem, em Maputo.

 

Em causa estão as multas emitidas pelos Inspectores das Actividades Económicas, baseadas na cidade da Beira, província de Sofala, aos estabelecimentos comerciais que encerraram as suas portas sem pré-aviso.

 

Lembre-se, alguns estabelecimentos comerciais não abriram, na cidade da Beira, durante três dias (de sexta-feira a domingo), em protesto à onda de raptos que assola o país há quase 10 anos. A manifestação foi convocada há dias e anunciada na última quinta-feira, como sendo a primeira acção das várias que serão levadas a cabo para pressionar o Governo e as autoridades judiciais a combater este tipo de crime.

 

Como a “pescar” os empresários beirenses, a INAE inspeccionou, na última sexta-feira, 36 estabelecimentos comerciais, tendo multado, com 500 salários mínimos, 29 deles por não terem comunicado sobre o encerramento. Os restantes estavam a funcionar, normalmente.

 

O facto criou muita preocupação no seio dos proprietários dos estabelecimentos que entendem ser uma forma de intimidá-los, pelo facto de, na sua óptica, terem comunicado, através da comunicação social, o encerramento dos seus estabelecimentos comerciais durante aquele período.

 

Nesta segunda-feira, Rita Freitas concedeu uma conferência de imprensa, onde esclareceu que entre os sancionados havia nove que tinham comunicado o encerramento temporário das suas actividades, pelo que, apenas 20 é que não tinham cumprido com as formalidades.

 

Segundo Freitas, o objectivo da notificação é entender dos agentes económicos o que ditou o encerramento dos estabelecimentos sem uma prévia comunicação. “O titular da licença de actividade económica deve, numa antecedência de 10 dias, comunicar à entidade licenciadora o encerramento temporário ou definitivo de qualquer que seja o estabelecimento à suspensão da actividade nos termos da alínea b) do nº 2 do artigo 13, do regulamento do licenciamento da actividade comercial, aprovado pelo decreto 34/2013 de 02 de Agosto”, explicou a fonte.

 

Aliás, a Inspectora-Geral da INAE admitiu que todo o cidadão tem direito à manifestação, pelo que não é intenção da instituição interferir nesse direito, mas “assegurar o cumprimento da legalidade, no exercício de toda a actividade económica, em todo o território nacional”. (Carta)

O drama dos deslocados, na capital provincial de Cabo Delgado, Pemba, continua lastimável e com contornos cada vez mais catastróficos. Só em uma semana (de 16 a 23 de Outubro), 7.470 pessoas desembarcaram naquele ponto do país, deslocadas de diversos pontos assolados pelos ataques terroristas, naquela província do norte do país.

 

A situação levou a Directora do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Luísa Meque, a deslocar-se para a cidade de Pemba, para acompanhar a situação de perto. Até quinta-feira da semana finda, lembre-se, o Comité Operativo de Emergência (COE) garantia haver, no país, 424.202 deslocados (30 mil estão na província de Nampula), causados pelos ataques terroristas na província de Cabo Delgado e dos ataques militares nas províncias de Manica e Sofala, protagonizadas pela auto-proclamada Junta Militar da Renamo, liderada por Mariano Nhongo.

 

À comunicação social baseada na terceira maior baía do mundo, Luísa Meque assegurou que o Governo está preocupado com a situação, pelo que o Plano de Contingência 2020/21 inclui a assistência aos deslocados, apesar de não haver um orçamento definido para tal.

 

Entretanto, em entrevista ao Centro para o Desenvolvimento da Democracia (CDD), uma organização da sociedade civil, o Bispo de Pemba, Dom Luís Fernando Lisboa, descreveu a situação como “calamidade pública”, tendo garantido já não haver espaço para receber mais deslocados na cidade de Pemba. Aliás, em Pemba não existem centros de acolhimento, facto que faz com que algumas famílias ainda estejam instaladas na praia de Paquitequete, local de desembarque de maior número de deslocados.

 

Refira-se que entre as pessoas que desembarcaram naquele local, por exemplo, no último sábado, estava uma mulher que perdeu a vida durante a viagem, devido a diarreias fortes. Aliás, outra pessoa que chegou à cidade de Pemba com diarreias fortes perdeu a vida numa unidade sanitária. Sublinhar que as mulheres e crianças continuam liderando as estatísticas das pessoas deslocadas, em Cabo Delgado. (Carta)

As autoridades da saúde reportaram, este domingo, o registo de mais uma vítima mortal, causada pela Covid-19, aumentando para 86, o cumulativo de mortes provocadas pela pandemia. A vítima mortal é do sexo masculino, que perdeu a vida no último sábado, na capital do país. A vítima tinha 25 anos de idade e a sua infecção foi reportada no último dia 11 de Outubro.

 

De acordo com as autoridades, mais 91 pessoas foram diagnosticadas o novo coronavírus, totalizando 11.986 casos positivos registados no país, desde 22 de Março último. Os novos casos estão na cidade de Maputo (56) e nas províncias de Maputo (14), Cabo Delgado (14), Gaza (três), Nampula (dois), Zambézia (um) e Niassa (um).

 

O Ministério da Saúde anunciou ainda o registo de mais 10 altas clínicas e três novos internamentos, deixando o país com 53 indivíduos hospitalizados devido à Covid-19, dos quais 49 estão na cidade de Maputo, três na província de Maputo e um na província da Zambézia.

 

Entretanto, mais nove pessoas recuperaram da Covid-19 no país, sendo todas da província de Inhambane. Assim, o país conta com 9.253 (77.2%) recuperados, pelo que 2.643 pessoas continuam infectadas pelo vírus. (Marta Afonso)

Perdeu a vida nesta manhã em Maputo o radialista João de Sousa. Em casa. De uma queda no banheiro. Nasceu a 16 de Junho de 1947 – Lourenço Marques (Maputo), hoje a viver na Matola! Casado e com um filho. Eis uma descrição da sua vida o obra, que “Carta” retira do blog Xipalapala:

 

É um dos grandes jornalistas radiofónicos de sempre de Moçambique. João de Sousa é considerado o “The Voice” da Rádio Moçambicana. Figura ímpar no meio jornalístico desportivo radiofónico e de quem muitos de nós guarda gratas recordações…

 

Veja aqui o seu currículo da sua longa e brilhante carreira!

  • Iniciou a sua actividade radiofónica nas Produções GOLO, uma Agência de Publicidade que produzia vários programas que eram transmitidos através do então Rádio Clube de Moçambique, em 1964.
  •  Começa a fazer relatos desportivos de várias modalidades (basquetebol, futebol e hóquei em patins) em 1966. Para além da cobertura dos acontecimentos nacionais, com destaque para os Campeonatos da Cidade e os Provinciais, fez transmissões directas de jogos que se realizaram no exterior de Moçambique, nomeadamente em Angola e em Portugal.
  •  Em 1968, a par com os relatos desportivos, é incluído em outras equipas de produção de programas das Produções GOLO, tendo realizado até 1975 o “Bondiazinho” (de parceria com o Eugénio Corte Real) ou o “Guiando e Ouvindo Música”. Esporadicamente fazia a locução de outros programas tais como o “Domingo Alegre” ou o “Extensão 10”.
  •  Produziu rubricas diárias sobre a atualidade desportiva moçambicana que eram transmitidos diariamente no programa CIDADE 68, no então Canal D do RCM.
  •  Em 1974 ingressa no Rádio Clube de Moçambique como locutor. Após a nacionalização, ocorrida em 1975, passa para os Serviços Redactoriais, (hoje Direcção de Informação) como repórter e noticiarista. Nessa qualidade realiza um conjunto de transmissões “em directo” relacionadas com vários acontecimentos nacionais. É nesse período que é integrado no grupo de profissionais designados para acompanhar o Presidente Samora Machel nas suas viagens de Estado.
  •  Em 1977 chefia a Redacção Desportiva da Rádio Moçambique. Faz a cobertura dos principais eventos nacionais, regionais e internacionais, sendo de destacar as transmissões directas feitas da participação moçambicana na Liga dos Campeões Africanos ou na Taça das Taças (em futebol), nos Campeonatos Africanos de Basquetebol em masculinos e femininos, nos Jogos Africanos de Argel, no Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins da Argentina de 1978 ou dos Jogos Olímpicos de Moscovo de 1980.
  •  Na sua trajectória profissional dirige o Canal Nacional da RM, e posteriormente o Departamento de Programas. Anos depois foi nomeado Administrador da Rádio Moçambique, sendo responsável durante 6 anos pelos pelouros Comercial e de Produção.
  •  Em 2003 é nomeado Assessor do Conselho de Administração para as Relações Internacionais e posteriormente para a Área de Comunicação e Imagem da Empresa.
  •  Integra o grupo dos primeiros jornalistas que cria o Canal Desportivo da Rádio Moçambique, (RM DESPORTO) que durante 19 horas de emissão se dedica exclusivamente a noticias e reportagens sobre desporto nacional e internacional.
  •  Em Fevereiro de 2006 é nomeado Correspondente da Rádio Moçambique na África do Sul, tendo terminado o seu mandato no dia 31 de Janeiro de 2012.
  • A par com a actividade radiofónica colaborou com a Televisão de Moçambique como “pivot” e comentarista dos jogos dos Campeonatos do Mundo de Futebol e como apresentador (de parceria com Leite de Vasconcelos) do programa “Volta a Moçambique”.
  •  Embora reformado, continua a colaborar com a Rádio Moçambique na produção de 3 programas semanais de 60 minutos cada, nomeadamente “O Fio da Memória”, “História das Músicas” e “Coisas da Bola”. (Carta)
sexta-feira, 23 outubro 2020 07:51

Terroristas atacam quatro distritos em um dia

Mesmo com o esforço empreendido pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) para conter os ataques terroristas, na província de Cabo Delgado, o grupo voltou a protagonizar mais ataques, tendo visado quatro distritos num único dia.

 

O caso deu-se na última terça-feira, em que o grupo atacou os distritos de Macomia (aldeia Koko), Meluco (aldeias Roma e Nangololo), Ibo (Ilha de Matemo) e Quissanga (Churumba). Em todos os ataques não foram reportadas vítimas mortais, apenas destruição e roubo de bens. Porém, no distrito de Ibo, concretamente, na Ilha de Matemo, os terroristas raptaram cinco jovens. (Carta)