Como forma de salvar a “honra” da Delegação Provincial da Renamo, em Nampula, o Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Nampula, Paulo Vahanle, tem, até esta segunda-feira, 19 de Outubro, o prazo para pagar uma dívida de 208.335, 00 Meticais. A dívida foi contraída, em 2019, junto da empresa Buono e Filhos, Lda., que terá fornecido refeições e serviços de aluguer de uma sala, para a realização de um evento da “perdiz”.
O ofício de execução, refira-se, foi emitido pela 2ª Secção do Tribunal Judicial da Província de Nampula (TJPN) e determinou que, caso Vahanle não pague o valor, os bens do partido serão penhorados: TV plasma, cadeiras plásticas, ar condicionado, mesas, três secretárias, um computador desktop, uma impressora, duas cadeiras de napa, uma mesa para computador desktop e três cadeiras de madeira.
Conforme consta dos documentos em nossa posse, o gestor da referida empresa até tentou buscar uma solução extrajudicial, num prazo de cinco dias, mas, segundo alguns funcionários daquela autarquia, Vahanle não consegue encontrar uma “brecha” orçamental para pagar contas do seu partido.
De acordo com algumas fontes internas da Renamo, a dívida é da responsabilidade do Conselho Municipal de Nampula porque o seu presidente comprometeu-se a custear as referidas despesas, aquando da realização do retromencionado evento da segunda maior força política nacional. Porém, devido às dificuldades enfrentadas por Vahanle para saldar a dívida, a empresa lesada decidiu submeter o caso no Tribunal.
“Carta” não conseguiu apurar a natureza do evento, que deixou o Conselho Municipal de Nampula em dívida. Também não conseguiu ouvir o Edil, em torno do sucedido. (O.O.)
As Forças de Defesa do Quénia apoiaram, semana finda, os deslocados dos ataques terroristas, na província de Cabo Delgado, com diversos produtos alimentares, medicamentos e outros necessários. A acção de solidariedade abrangeu mais de 300 mil deslocados.
Segundo explicou o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Quénia, Cas Hon Ababu Namwamba, em representação do governo queniano, a ajuda surge em solidariedade às vítimas dos ataques terroristas.
“Quénia é solidário com Moçambique e rejeita o terror protagonizado de qualquer forma ou cor. Os actos de terror não impediram que os esforços globais para lidar com os insurgentes”, disse Namwamba, citado pela NTV Kenya.
O dirigente queniano afirmou que a União Africana deve alargar os esforços para que se silenciem todas as armas em todo o continente africano.
Refira-se que o donativo foi recebido pela Ministra da Administração Estatal e Função Pública, Ana Comoana. Segundo a governante, Quénia é o primeiro país a responder o pedido de ajuda de Moçambique. (Carta)
Moçambique já contabiliza 75 vítimas mortais, devido ao novo coronavírus. Este domingo, as autoridades anunciaram a ocorrência de mais um óbito, na Cidade de Maputo, ocorrido no passado sábado, onde perdeu a vida um cidadão de 74 anos de idade, num hospital.
Para além da vítima mortal, as autoridades da saúde anunciaram ainda o diagnóstico de mais 159 indivíduos infectados pelo novo coronavírus, tendo subido o número cumulativo de casos para 10.866. os novos casos foram registados na Cidade de Maputo (86) e nas províncias de Maputo (47), Sofala (12), Cabo Delgado (cinco), Zambézia (cinco), Gaza (dois), Tete (um) e Manica (um).
Entretanto, de sábado para domingo, mais 241 pessoas recuperaram da doença. Os novos recuperados foram notificados nas províncias da Zambézia (dois), Inhambane (um) e de Maputo (169) e na capital do país (69). Assim, subiu para 8.513, o número total de pessoas recuperadas da doença.
Os dados do MISAU mostram ainda que, de sábado para domingo, houve oito internamentos e sete altas, o que deixa o país com 40 pacientes internados nos centros de isolamento, sendo 39 na Cidade de Maputo e um na província de Nampula. Actualmente, refira-se, o país conta com 2.274 casos activos da Covid-19. (Marta Afonso)
Os transportadores e vendedores de mercados são os grupos mais expostos ao novo coronavírus, na cidade da Beira, capital provincial de Sofala. A conclusão é do Inquérito Sero-epidemiológico, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), naquela parcela do país, entre os passados dias 24 de Setembro e 08 de Outubro, com vista a identificar e mapear áreas de maior transmissão do novo coronavírus, assim como identificar os grupos etários e profissionais mais afectados.
De acordo com os resultados preliminares, divulgados esta quinta-feira, os transportadores são os mais expostos (8,7%), sendo seguidos pelos vendedores dos mercados (8,3%), dos estabelecimentos comerciais (6,9%) e pelos agregados familiares (5,2%). Por sua vez, as Forças de Defesa e Segurança (2,8%) e os profissionais de saúde (3,9%) são os menos expostos ao vírus.
Segundo o Inquérito, os camionistas de longo curso (10,3%) estão mais expostos entre os transportadores, enquanto o Mercado Maquinino (22,6%) é o mais exposto entre os mercados da segunda maior cidade do país, sendo seguido pelo Mercado da Munhava (10,8%). Aliás, o INS considera a exposição nos mercados “elevada e heterogénea”.
No que tange aos bairros, Macurungo (9,1%) parte na pole position, sendo seguido pelos bairros de Tchondja (8,7%) e Matacuane (8,4%). Os menos expostos são Nhangau (0,5%), Chota (2,1%) e Manga Mascarenhas (2,9%).
Já os jovens (6,8%) e adultos (6,4%), aponta o Inquérito, são os mais expostos, enquanto os menores de 14 anos de idade (3,3%) e os idosos (3,4%) são os menos expostos.
Referir que o Inquérito realizado na cidade da Beira envolveu oito equipas de campo, compostas por 40 inquiridores e 35 mobilizadores locais, tendo sido abrangidas 4.950 pessoas, em representação de 1.646 agregados familiares; 188 estabelecimentos comerciais; 324 membros das Forças de Defesa e Segurança; 787 profissionais da saúde; 473 transportadores; e 1.585 vendedores dos mercados. Sublinhar que este é o sexto Inquérito Sero-epidemiológico a ser realizado no país, depois dos realizados nas cidades de Nampula, Pemba, Quelimane, Tete e Cidade de Maputo. (Carta)
Chama-se A. Mairose, tem 40 anos de idade e é de nacionalidade tanzaniana. Foi detido, semana finda, no distrito de Mecula, província do Niassa, acusado de prática dos crimes de armas proibidas e caça proibida. Foi encontrado com uma arma de fogo de tipo AK-47, nº 3581; 40 munições da referida arma; três bicicletas; dois telemóveis; e quatro panelas.
De acordo com o comunicado de imprensa do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), enviado à nossa Redacção, o referido caçador furtivo fazia-se acompanhar de sete compatriotas seus que, entretanto, se encontram a monte.
Referir que, no passado dia 05 de Outubro, os fiscais da Reserva Especial do Niassa (REN) desmantelaram, nas regiões de Chamba e Milepa, 427 armadilhas de laço, das quais 207 tinham sido colocadas para animais de grande porte e 220 para animais de pequeno e médio porte. Também estavam instaladas 68 tábuas, que eram usadas pelos caçadores furtivos. (O.O.)
É mais um crime bárbaro, protagonizado contra cidadãos moçambicanos de origem indiana que, em outras ocasiões, têm sido vítimas de raptos e sequestros, no país. Na noite da última terça-feira, um empresário identificado por Amity Samigy, de 40 anos de idade, proprietário da Mercearia Estrela, Lda., localizada na Avenida Albert Lituli, foi baleado por dois indivíduos desconhecidos, quando se encontrava a encerrar o seu estabelecimento comercial. A vítima viria a perder a vida na Clínica Especial do Hospital Central do Maputo (HCM).
Segundo revelou Leonel Muchina, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), a nível da Cidade de Maputo, os atiradores faziam-se transportar numa viatura de caixa aberta, tendo, na ocasião, disparado três tiros, sendo que um deles atingiu a cabeça.
À imprensa, Muchina afirmou, como sempre, já existirem pistas e dados que irão permitir esclarecer o caso, uma vez que, aquando do assassinato, o empresário estava acompanhado por parte da família que já está a colaborar com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC). (O.O.)