Os fiscais afectos à Reserva Especial do Niassa, na província com o mesmo nome, desmantelaram, semana finda, 427 armadilhas de laço, das quais 207 para animais de grande porte e 220 para animais de pequeno e médio porte. As armadilhas tinham sido colocadas entre as regiões de Chamba e Milepa, que se localizam no interior da reserva.
A informação foi avançada esta terça-feira, pela direcção da Reserva, na sua página do Facebook. De acordo com a nota, esta é a maior apreensão de armadilhas feitas no presente ano, sendo que, durante a operação, também foram apreendidas 68 tábuas usadas pelos caçadores furtivos.
Referir que a caça furtiva é uma realidade na Reserva Especial do Niassa que, durante ano, viu o elefante quase ser extinto. Entretanto, um relatório divulgado recentemente pelas autoridades moçambicanas indica que, em 2019, não houve abate de elefantes naquela área de conservação. (O.O.)
As autoridades da saúde diagnosticaram, de quarta para quinta-feira, mais 145 novas infecções do novo coronavírus, tendo aumentado para 9.639, o total de casos confirmados de infecção pelo vírus no território nacional.
As novas infecções foram registadas nas províncias da Zambézia (63), Maputo (24), Sofala (10), Tete (três), Niassa (três), Nampula (uma), Manica (uma), Inhambane (uma) e Gaza (uma) e na cidade de Maputo (38).
Na actualização de dados feita esta quinta-feira, o Ministério da Saúde referiu que os Centros de Isolamento registaram a saída de sete pessoas, assim como a entrada de outras cinco, pelo que, actualmente, 42 pacientes encontram-se internados, representando redução de uma pessoa, em relação à última quarta-feira.
Entretanto, mais 99 pessoas recuperaram da doença, sendo 21 na província de Tete, 22 na província de Sofala, seis na província de Inhambane, oito na província de Gaza, 34 na província de Maputo e as restantes oito na capital do país. Assim, o país conta com um total de 6.911 (71.7%) indivíduos recuperados da doença.
Referir que 2.656 pessoas continuam infectadas pelo novo coronavírus, sendo que 1.722 estão na cidade de Maputo e 610 na província de Maputo. Ou seja, as duas províncias são responsáveis 2332 casos activos. (Carta)
O Governo libanês actualizou, ontem, para 202, as mortes na explosão que assolou o porto de Beirute há dois meses, aguardando ainda respostas das autoridades de Moçambique a um pedido de esclarecimentos feito há duas semanas.
Num comunicado, o executivo mantém em cerca de 6.500 o total de pessoas que ficaram feridas na explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amónio, salientando que continuam desaparecidas nove outras – três libanesas, cinco sírias e uma egípcia.
Pouco mais de dois meses depois do incidente, que deixou também cerca de 3.000 pessoas sem habitação, está ainda por explicar a origem da explosão do fertilizante que estava há seis anos armazenado no porto da capital libanesa.
A Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa indicou, ontem, que o procurador encarregue de esclarecer o incidente, Ghassan Oueidat, disse ao juiz que lidera a investigação, Fadi Sawan, ter havido indicações das autoridades judiciais da Jordânia sobre o navio “Roussos”, de onde proveio o nitrato de amónio.
Segundo Oueidat, o navio partiu em 2013 da Geórgia com destino a Moçambique e tinha previsto uma escala no porto de Aqaba, na Jordânia, mas acabou por seguir para o de Beirute, onde o fertilizante foi descarregado num dos silos.
No entanto, segundo a ANN, a justiça libanesa esperava já ter em mãos uma resposta das autoridades moçambicanas para esclarecer as razões pelas quais o fertilizante não seguiu para Moçambique com a carga a bordo e porque foi descarregado em Beirute.
Há cerca de uma semana, o juiz Saiwan emitiu ordens de detenção, através da Interpol, contra o proprietário do navio, um indivíduo de nacionalidade russa.
Até agora, cerca de duas dezenas de pessoas foram detidas no Líbano, numa altura em que prosseguem os interrogatórios a figuras políticas e responsáveis de segurança.
O Presidente do Líbano, Michel Aoun, reconheceu, dias depois da explosão, que sabia da existência de uma “grande quantidade” de nitrato de amónio armazenada no porto de Beirute.
O Líbano vive uma das piores crises da sua história, agravada por uma paralisia política provocada pelas demissões registadas após a explosão de 04 de Agosto, tanto do Primeiro-Ministro de então, Hassan Diab, como o que o sucedeu, Moustapha Adib, esta já a 26 de Setembro passado. (Lusa)
O presidente da Renamo, principal partido de oposição, defendeu no passado domingo a necessidade de um projeto coletivo para o desenvolvimento inclusivo em Moçambique, num dia em que o país assinalou o 28º aniversário do Acordo Geral de Paz.
"É chegado momento de termos um projeto coletivo nacional e de desenvolvimento , com políticas setoriais viáveis, sustentáveis e inclusivas, porque só assim teremos um Moçambique desenvolvido, robusto e com uma única bandeira cobrindo a todos", declarou Ossufo Momade.
O presidente do principal partido de oposição em Moçambique falava numa conferência de imprensa convocada por ocasião do aniversário do Acordo Geral de Paz, assinado em 1992 entre o Governo e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
Para Ossufo Momade, o progresso de Moçambique passa pela reconciliação, condição para um desenvolvimento inclusivo.
"É chegado o momento de cada moçambicano e cada dirigente aceitar o outro como irmão. Neste país não há cidadão de primeira, nem de segunda, nem de terceira", acrescentou.
Ossufo Momade reiterou o seu compromisso com a paz, condenando as incursões armadas que têm sido atribuídas a um grupo de dissidentes da Renamo (autoproclamada Junta Militar da Renamo) nas províncias de Manica e Sofala, centro de Moçambique.
"Nada justifica que tais atos aconteçam num momento em que o nosso foco é o desenvolvimento, a paz e a reconciliação nacional", referiu.
A autoproclamada Junta Militar, liderada por Mariano Nhongo, antigo líder de guerrilha da Renamo, contesta a liderança do partido e o acordo de paz assinado em agosto do último ano, sendo acusada de protagonizar ataques visando forças de segurança e civis em aldeias e nalguns troços de estradas da região centro do país, incursões que provocaram a morte de, pelo menos, 30 pessoas desde agosto de 2019 .
O Acordo Geral de Paz foi o primeiro dos três que o Governo moçambicano e a Renamo já assinaram e marcou o oficialmente o fim da guerra civil dos 16 anos no país. (Lusa)
As autoridades da saúde reportaram, esta segunda-feira, a recuperação de mais 252 pessoas, que estavam infectadas pelo novo coronavírus, tendo subido para 6.104 (65.7%), o total de indivíduos recuperados da Covid-19.
Dados actualizados ontem pelas autoridades da saúde indicam que quatro recuperados foram registados na província de Cabo Delgado, 128 na Zambézia, oito em Inhambane, 11 na província de Gaza, 79 na província de Maputo e 22 na Cidade de Maputo.
Entretanto, as autoridades sanitárias anunciaram o diagnóstico de mais 100 infecções, totalizando um cumulativo de 9.296, sendo que os novos casos foram registados nas províncias de Cabo Delgado (dois), Zambézia (dois), Tete (oito), Sofala (16), Inhambane (quatro), Gaza (um) e Maputo (38) e na capital do país (29).
No que tange ao número de internamentos, o Ministério da Saúde informou que mais quatro cidadãos deram entrada no Centro de Isolamento da Cidade de Maputo, sendo que nenhum teve alta, pelo que, em todo o país, 48 pessoas encontram-se internadas, das quais 47 na capital do país e uma na província mais populosa do país, Nampula. Refira-se que o país continua com as 66 vítimas mortais, causadas pela pandemia. (Carta)
Moçambique assinala, no próximo domingo, 04 de Outubro, a passagem do 28º aniversário, após a assinatura dos Acordos Gerais de Paz, celebrados na cidade de Roma, capital italiana, em 1992. Os acordos, lembre-se, foram assinados por Joaquim Alberto Chissano, então Presidente da República, e Afonso Macacho Marceta Dhlakama, falecido Presidente da Renamo, tendo em vista o término da guerra civil, que opôs a Frelimo e a Renamo, durante 16 anos.
Em comunicado de imprensa, recebido esta quinta-feira, a Nova Democracia (ND), uma nova força política nacional, afirma tratar-se de uma data “relevante para a nação moçambicana”, cujo momento (da assinatura do acordo) foi caracterizado por “alegria e entusiamo” entre os moçambicanos.
Porém, passados 28 anos, diz a formação política, o país vive uma paz “simbólica e esquisita”, devido à “longa espera por uma verdadeira paz”, pois, “já foram assinados três acordos de paz, sendo o último no ano 2019, o que demonstra uma ausência de paz verdadeira”.
“Que paz é esta, quando a instabilidade militar prospera na zona centro do país, matando cidadãos inocentes e destruindo seus bens? Que paz é esta, quando o terrorismo destrói a província de Cabo Delgado e mata os nossos compatriotas? Que paz é esta, quando académicos, jornalistas e activistas são perseguidos, baleados e torturados? Que paz é esta, quando jornais são queimados?”, questiona o partido liderado por Salomão Muchanga, para quem a ausência de paz não se manifesta apenas em conflitos armados.
“Lembramos que a pobreza, a miséria e a fome são arquitectadas como forma de fazer do cidadão um escravo fraco, apático e dependente. Isso também é ausência de paz!”, considera.
Para a Nova Democracia, Moçambique “é um país rico”, onde se devia viver em paz, mas “está a ser brutalmente esvaziado pelos sedentos do poder”. “Em Moçambique haveria mais empregados do que desempregados, mas o sistema bloqueia as oportunidades e as saqueia, com o fim de alimentar o campo de florescimento da violência contra o cidadão e as liberdades democráticas”, acrescenta.
“A paz que queremos não é esta, onde há crise em quase tudo e confiança em quase nada e onde já se privatizou o erário e as políticas baseadas na exclusão. Queremos, sim, uma paz que signifique justiça social, onde o Estado se reencontre com os Direitos Humanos e se construa uma Nação inclusiva baseada no protagonismo da sua cidadania”, defende aquela formação política, para quem a paz se constrói com base nas políticas públicas focadas nos meios de vida do cidadão. (Carta)