Quatro indivíduos estão sob custódia policial, após terem sido detidos na posse de sete pontas de marfim, na sede do distrito de Cuamba, província do Niassa. Segundo Mirza Maguanda, porta-voz do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), no Niassa, os indivíduos, com idades compreendidas entre 22 e 23 anos, foram interpelados pelas autoridades, num dos bairros da sede daquele distrito, transportando os troféus em mochilas e sacos. Os mesmos tzinham um peso de 3,4 Kg.
De acordo com a fonte policial, os visados garantiram que os mesmos se destinavam à venda, porém, ainda não tinham identificado compradores. Maguanda garante já ter sido instaurado o competente processo, visando responsabilizar, criminalmente, os infractores. (Carta)
A implantação de instalações de saúde temporárias ou, simplesmente, “Hospitais-Abrigo (HA)” é o modelo recomendado pelo Centro de Integridade Pública (CIP) para conter o alastramento da Covid-19 no país, num contexto em que o número de casos positivos está a conhecer uma tendência cada vez crescente.
De acordo com o CIP, o Executivo deve apostar em instalações de saúde temporárias em locais públicos e de grande capacidade, como são os casos dos estádios e centros de exposições, caso pretenda conter a propagação da doença, apontando a República Popular da China como um exemplo de sucesso.
Este mostra-se acertado num contexto em que os casos da doença crescem a um ritmo galopante, isto depois da estratégia do isolamento dos doentes ter-se revelado ineficaz.
Aliás, aponta que os “hospitais-abrigo” naquele país asiático cuidavam de pacientes com sintomas leves a moderados, providenciado a este grupo um nível específico de atendimento hospitalar.
Na óptica daquela organização da sociedade civil, três aspectos fazem deste modelo adequado à realidade moçambicana. São eles: “o baixo custo de investimento e operacional, a rapidez da construção e a grande escala. A conversão de locais públicos em unidades de saúde é uma solução eficaz para responder a uma emergência e evita a construção dispendiosa e demorada de novos hospitais”.
O CIP considera que o país possui infra-estruturas na cidade de Maputo e nas capitais provinciais, como estádios de futebol, feiras populares, escolas secundárias, resorts e vilas para festejos que perfeitamente poderiam ser adaptadas em hospitais-abrigo.
Refira-se que o país registou, esta quinta-feira, mais 543 novas infecções do novo coronavírus (totalizando 24.269 casos positivos), seis vítimas mortais (totalizando 211) e mais 27 internados (150, no total). Neste momento, 5.702 pessoas encontram-se infectadas pelo vírus.
Na última quarta-feira, lembre-se, o Presidente da República, Filipe Nyusi, decidiu pelo agravamento das medidas restritivas para conter o alastramento da doença em território nacional. Entre as medidas anunciadas, o destaque vai para o encerramento das barracas, praias, ginásios, discotecas e cinemas; a obrigatoriedade da exigência de teste do Covid-19 a todos os viajantes; para além de que as pessoas que apresentarem sintomatologia comprovada não se devem fazer aos postos de trabalho ou espaço público.
As medidas restritivas começam a produzir os seus efeitos a partir da hora zero desta sexta-feira (15 de Janeiro) e estender-se-ão até às 23:59 do dia 05 de Fevereiro. (Carta)
O Tribunal Judicial da Província da Zambézia (TJPZ) condenou, nesta quarta-feira, o antigo Director Provincial da Educação, Armindo Primeiro, e o actual Assessor da Secretária de Estado da província da Zambézia, Faustino Amimo, pelo desvio de 2.8 milhões de Meticais dos cofres do Estado, destinados à reabilitação da Casa de Cultura do distrito de Chinde, naquela província do centro do país.
Armindo Primeiro foi condenado a quatro anos de prisão e sete meses de multa, enquanto Faustino Amimo, na altura Director Provincial-adjunto da Educação, foi condenado a seis meses de prisão, convertidos em multa. O TJPZ condenou ainda o antigo Coordenador de Construções Aceleradas, naquela direcção provincial, Paulo Muiambo, a dois anos de prisão.
Segundo a acusação, a fraude deu-se em 2014, quando a Direcção Provincial da Educação da Zambézia, na altura dirigida por Armindo Primeiro, retirou, dos cofres do Estado, 2.8 milhões de Meticais para reabilitação da Casa da Cultura de Chinde, uma obra que nunca chegou a ser executada.
Segundo o Tribunal, o acto configurou em crimes de simulação, abuso de cargo ou funções, assim como abuso de confiança. Entretanto, Armindo Primeiro disse, em sede do Tribunal, que caiu numa “cabala”, supostamente montada pelos seus colegas.
Referir que o Procurador-chefe da Província da Zambézia, Fred Jamal, revelou, à comunicação social, existir 150 casos de desvio de fundos e corrupção, envolvendo funcionários públicos e que, nos próximos dias, mais pessoas irão recolher às celas. (Carta)
As Forças de Defesa e Segurança (FDS) apresentaram, esta quarta-feira, um grupo de 21 pessoas que haviam sido raptadas pelos terroristas, durante um ataque levado a cabo pelos insurgentes à Ilha de Matemo, no Arquipélago das Quirimbas, no passado dia 06 de Janeiro.
Segundo o Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, das vítimas, 15 são mulheres e seis são crianças, tendo sido resgatados no distrito de Macomia, para onde foram transportados.
Maisha Ambasse, uma das mulheres resgatadas, conta o que aconteceu: “eram cerca de 30 terroristas, que nos levaram de Matemo para Olumboa e, quando chegamos lá, eles disseram que nos haviam de levar a Mocímboa [da Praia] para estudar madrassa. E no dia seguinte ao da vinda do avião, era para irmos a Mocímboa. Agora, estamos agradecidos por termos sido salvos pelo helicóptero, porque a esta hora estaríamos em Mocímboa".
O Comandante-Geral da PRM revela que as FDS souberam onde estavam os terroristas. “Houve um ataque, mas um ataque inteligente. Fizemos isolar aquelas nossas irmãs, nossas tias que estavam reféns dos terroristas. Acompanhamos com os meios aéreos até a uma distância de 5 Km e demos direcção para Macomia e fomos controlando, através dos meios aéreos até eles chegarem a Macomia e as levamos para cá e terão de regressar para a sua comunidade, que é Matemo, que neste momento está livre de ataques dos terroristas”, garantiu Bernardino Rafael. (Carta)
Adiada sine die a Cimeira Extraordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que tinha no topo da agenda a situação da segurança, em Moçambique, com enfoque para os ataques terroristas, em Cabo Delgado, região norte do país.
A reunião magna do órgão, que estava prevista para arrancar este domingo (17), foi adiada devido ao alastramento dos casos da pandemia da Covid-19 no país, soube “Carta” de fonte próxima à organização do evento. A Cimeira Extraordinária realizar-se-á numa data a anunciar.
Tomariam parte do evento, cujo término estava agendado para o próximo dia 20 de Janeiro corrente, Chefes de Estado e de Governo dos países da região austral de África.
Esta quarta-feira, o país voltou a ultrapassar a casa dos 600, no que ao número de casos positivos de respeito, num único dia. Nas últimas 24 horas, de acordo com as autoridades sanitárias, foram registadas 730 novas infecções e ainda quatro óbitos. A cidade de Maputo, que, a princípio, iria acolher a Cimeira Extraordinária da SADC, registou um total de 311 casos da doença, o que corresponde a 42.6% dos casos registados nas últimas 24h.
O país possui, até ao momento, um cumulativo de 1.034 pacientes internados, sendo que 140 encontram-se, actualmente, nos Centros de Internamento da Covid-19 e em outras unidades hospitalares. No que tange aos óbitos, o país regista um total de 205 óbitos.
Segundo o Centro de Controlo de Doenças de África (CDD- África), até às 10:00h desta segunda-feira, o continente Africano havia registado 3.107.979 casos da Covid-19, dos quais 26.098 nas últimas 24 horas.
Na passada segunda-feira, na ressaca da visita de trabalho que efectou à República da Tanzânia, o Presidente da República, Filipe Nyusi, dera, a partir de Cabo Delgado, as garantias da realização da Cimeira Extraordinária, tendo, igualmente, assegurado que, até ao próximo sábado, os peritos da organização chegariam à capital moçambicana, Maputo, para fechar nos preparativos do encontro.
Ainda durante a declaração à imprensa, Filipe Nyusi dissera que a segurança em Moçambique, com particular incidência para os ataques terroristas em Cabo Delgado, constava do rol de matérias que corporizariam a reunião magna da SADC.
A SADC, lembre-se, é um órgão inter-governamental dedicado à cooperação e integração sócio-económica, como também à cooperação em matérias de política e segurança dos países da região austral. São membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, Moçambique (que assumiu a presidência rotativa no ano passado); África de Sul; Tanzânia; Zimbabwe; Malawi; Namíbia; Botswana; Angola; Zâmbia; República Democrática do Congo; Maurícia; E-swatini e Seicheles.
Importa salientar que, em Maio de 2020, a Troika do órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC prometeu apoiar Moçambique a combater os terroristas que têm estado a semear terror e luto naquela parcela do país. Os ataques terroristas, em Cabo Delgado, já fizeram cerca de 2.000 mortos e pouco mais de 600 mil deslocados.
Esta quarta-feira, a Human Rights Watch lançou o relatório anual sobre os direitos humanos no mundo, no qual alerta para abusos das Forças de Defesa e Segurança e perseguição a jornalistas em Moçambique. (Carta)
Subiu para 205 o total de mortes causadas pela Covid-19, em Moçambique. Esta quarta-feira, as autoridades da saúde anunciaram a morte de mais quatro pessoas, todas da cidade de Maputo, sendo duas do sexo feminino (55 e 62 anos de idade) e outras do sexo masculino (39 e 72 anos de idade). Segundo o Ministério da Saúde (MISAU), duas pessoas perderam a vida na terça-feira e as restantes perderam a vida esta quarta-feira. Todas se encontravam internadas.
De acordo com a actualização feita esta quarta-feira, mais 730 pessoas foram diagnosticadas o vírus do novo coronavírus, elevando para 23.726 o total de infectados desde o princípio da pandemia. Os novos casos, detalha o MISAU, foram registados na cidade de Maputo e nas províncias de Maputo (185), Inhambane (73), Gaza (46), Manica (39), Cabo Delgado (31), Sofala (29), Tete (oito), Zambézia (sete) e Nampula (um).
No que tange aos internamentos, mais 21 pessoas foram hospitalizadas, sendo uma na província de Sofala, quatro na província de Manica, três na província de Inhambane, três na província de Maputo e 10 na cidade de Maputo. Também 11 pessoas tiveram altas hospitalares (uma em Manica e 10 na cidade de Maputo), havendo, neste momento, 140 pacientes internados devido à Covid-19. A capital do país é, neste momento, responsável por 79,3% dos internados.
Entretanto, conforme avançam as autoridades sanitárias, 112 pessoas curaram da doença, no país, sendo 24 na província de Cabo Delgado, nove na Zambézia, 18 em Tete, 27 na província de Maputo e 34 na capital do país. Assim, Moçambique conta com 18.282 recuperados, havendo ainda 5.235 infectados pelo novo coronavírus. (Marta Afonso)