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Dois agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), um dos ramos da Polícia da República de Moçambique (PRM), ficaram gravemente feridos, esta quarta-feira, depois da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, liderada por Mariano Nhongo, ter protagonizado um ataque militar, no Posto Administrativo de Muxúnguè, distrito de Chibabava, província de Sofala.

 

Segundo apurámos, o ataque não resultou em vítimas mortais, apenas nos dois feridos graves. Refira-se que os ataques militares, que ocorrem na região centro do país desde Agosto de 2019, já causaram a morte de mais de uma centena de pessoas, para além da destruição de diverso património público e privado. (Carta)

As autoridades da saúde voltaram a anunciar, esta quinta-feira, mais três óbitos, devido ao novo coronavírus, tendo aumentado para 31, o total de vítimas mortais causadas pela pandemia. Os três óbitos foram registados na capital do país entre os dias 06 e 09 de Setembro último.

 

Segundo a Directora Nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, a primeira vítima mortal foi registada no passado domingo, 06 de Setembro, e trata-se de um lactente de quatro meses, que se encontrava internado num dos hospitais privados da capital do país, devido à anomalia genética e doença respiratória grave.

 

Por seu turno, a segunda vítima mortal foi registada na passada terça-feira, 08 de Setembro, no Hospital Geral da Polana Caniço, onde perdeu a vida uma cidadã de 65 anos de idade. Já a terceira vítima mortal ocorreu nesta quarta-feira, também no Hospital Geral da Polana Caniço, tendo sido uma cidadã de 62 anos de idade.

 

De acordo com as autoridades da saúde, de quarta para quinta-feira, a capital do país registou mais três internamentos, devido à Covid-19, pelo que conta, actualmente, com 23 pessoas internadas. No total, o país conta com 26 internados devido à doença, sendo que os restantes encontram-se nas províncias de Nampula (um) e Tete (dois).

 

No que tange aos novos casos, o Ministério da Saúde reportou o diagnóstico de mais 68 novas infecções, das quais 50 notificadas na capital do país. As outras foram registadas nas províncias do Niassa (quatro), Zambézia (um), Gaza (dois) e Maputo província (um).

 

Entretanto, mais 94 pessoas recuperaram da doença, sendo 36 na província de Nampula, duas na província de Inhambane, 34 na província de Maputo e 22 na cidade de Maputo. Assim, 2.857 cidadãos já recuperaram da doença no território nacional, pelo que 1.940 ainda estão infectadas pelo vírus. (Marta Afonso)

quinta-feira, 10 setembro 2020 06:48

Zambézia regista 96 casos de Covid-19 em dois dias

A província da Zambézia voltou a registar, pelo segundo dia consecutivo, o maior número elevado de casos positivos do novo coronavírus, no país. Depois de, na terça-feira, as autoridades terem anunciado o diagnóstico de 54 casos, esta quarta-feira, o Ministério da Saúde (MISAU) anunciou o registo de mais 42 casos naquela parcela do país, tendo elevado para 159, o total de casos diagnosticados naquela província do centro do país.

 

No geral, as autoridades da saúde anunciaram, esta quarta-feira, o registo de 117 casos positivos, aumentando para 4.764, o total de casos notificados em todo o país, desde 22 de Março último. Os restantes casos foram registados nas províncias de Cabo Delgado (seis), Niassa (cinco), Tete (seis), Manica (dois), Sofala (10), Gaza (um), Maputo província (oito) e na Cidade de Maputo (37).

 

Em comunicado de imprensa, as autoridades da saúde reportaram ainda o registo de mais um internamento, na capital do país, pelo que o país conta, actualmente, com 23 internados, devido a doenças relacionadas à Covid-19: 20 estão na cidade de Maputo, dois na província de Tete e um na província de Nampula.

 

As autoridades da saúde reportaram ainda a recuperação de mais 48 pessoas, aumentando para 2.763 (58%), o total de cidadãos recuperados da doença. Refira-se que o país continua com as 28 vítimas mortais e outras quatro, devido a outras doenças. (Marta Afonso)

Manuel Luís Machava, Benjamin Luís Mucavele e Carlos Manuel Pinto, arguidos no processo nº. 62/2020, em que são acusados de serem mentores do rombo de 155 milhões de Meticais no Tesouro, a partir do Centro de Desenvolvimento de Sistemas de Informação de Finanças (CEDSIF), uma instituição ligada ao Ministério da Economia e Finanças (MEF), estão sendo procurados dentro e fora do país.

 

Segundo noticiou, esta quarta-feira, o Jornal Notícias, as autoridades judiciais moçambicanas emitiram mandados de captura internacional contra os três arguidos, cujo processo autônomo já foi aberto pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC).

 

Neste momento, avança o matutino, a 6ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM) está a ouvir os outros dois membros do “esquema”. Os mesmos estão detidos desde Março  último. São Liliana Bule, funcionária de uma das empresas usadas para sacar os valores, e Gama Nhampalele, Técnico de Informática do CEDSIF.

 

De acordo com o Notícias, os três foragidos são acusados pela prática dos crimes de branqueamento de capitais, falsificação de documentos, furto informático de moedas ou valores e ainda fraude relativa aos instrumentos e canais de pagamentos electrónico.

 

O jornal sublinha que, na lista das empresas cujas contas foram usadas no esquema, estão algumas firmas detidas por funcionários da Autoridade Tributária, que tinham relações comerciais com o CEDSIF.

 

Referir que o caso foi despoletado, em Março último, pela “Carta”, e que as empresas envolvidas no milionário esquema são: a Exotyca, pertencente ao foragido Carlos Manuel Pinto, que drenava dinheiro para Polnielvos Shopping, Lda.; Candeia Construções; Else Moz-Prestação de Serviços; Shona Toner; Heismoz-Prestação de Serviços; Unikus Publicidade, Lda.; e SS e Filhos, Lda. (Carta)

O Comandante da Polícia da República de Moçambique (PRM), a nível do distrito de Macossa, na província de Manica, Jorcelio Matimbe, encontra-se detido, desde a última sexta-feira, indiciado por prática de crime de corrupção.

 

Em causa, dizem as fontes, está o facto de o Comandante ter supostamente recebido uma quantia de 45 mil Meticais de um cidadão que se encontrava detido, por ter atropelado mortalmente outro cidadão naquela região do país. O valor, contam as fontes, visava libertar o indivíduo, cujo processo já estava sendo tramitado.

 

De acordo com as fontes, o esquema envolveu também o Chefe da Secretaria do Comando Distrital e o Chefe do Departamento de Operações, que também se encontram detidos, indiciados por prática do mesmo tipo de crime. Entretanto, Mário Arnaça, Chefe das Relações Públicas, no Comando Provincial da PRM, na província de Manica, garante tratar-se de um caso de corrupção passiva.

 

Refira-se que, nos últimos dias, os membros da PRM têm sido acusados de praticar diversos delitos naquela província, sendo que o mais sonante ocorreu na cidade de Chimoio, onde um agente da Polícia de Guarda-Fronteira foi linchado, após supostamente tentar assaltar um moto-taxista. A referida vítima encontra-se detida devido à situação. (Carta)

A fábrica de documentos de identificação (Bilhetes de Identidade, Passaportes e Documentos de Identificação e Residência para Estrangeiro – DIRE) esteve encerrada esta terça-feira, na sequência do diagnóstico de um caso positivo do novo coronavírus, num dos técnicos da empresa provedora de serviços de emissão destes documentos.

 

A informação foi confirmada pelo porta-voz da Direcção Nacional de Identificação Civil (DNIC), Alberto Sumbana, em conferência de imprensa, e pelo Serviço Nacional de Migração, em comunicado de imprensa. Segundo Sumbana, aquela unidade fabril foi encerrada para permitir a desinfecção do local e testagem dos funcionários.

 

“O novo caso de Covid-19 [o primeiro registou-se na DIC da Matola, em Agosto último] registado pela DNIC ocorreu, na última sexta-feira, e não envolve, felizmente, até agora, funcionários da Identificação Civil. Trata-se, igualmente, de um funcionário do Serviço da Assistência Técnica do Departamento da Produção de documentos, afecto à fábrica de produção de documentos”, disse.

 

Segundo Sumbana, o funcionário em causa sentiu-se mal, durante a semana finda, tendo sido dispensado e, na sexta-feira, testou positivo. De seguida, conta a fonte, foram accionados os Ministérios da Saúde e do Interior, que mandaram encerrar e desinfectar a fábrica, nesta terça-feira, sendo que hoje (quarta-feira), a mesma voltará a funcionar.

 

A fonte garantiu que a paralisação não irá afectar a produção dos documentos de identificação, em particular os Bilhetes de Identidade, pois, a fábrica tem capacidade de produzir, por dia, 15.000 BI’s, enquanto os pedidos diários não superam a cinco mil. (Marta Afonso)