A semana de 12 a 18 de Julho de 2020 (semana finda) foi a nova recordista em termos de número de infecções diagnosticadas do novo coronavírus, desde que o país registou o primeiro caso de infecção a 22 de Março. De acordo com as autoridades de saúde, na semana finda, foram diagnosticados um total de 300 casos positivos do novo coronavírus, contra os 166 casos detectados na semana anterior (de 05 a 11 de Julho) que era, até então, a recordista.
Conforme detalha a análise epidemiológica apresentada esta segunda-feira, a semana de 31 de Maio a 06 de Junho segue na terceira posição, com um total de 165 casos detectados. No “Top 5” ainda encontramos as semanas de 21 a 27 de Junho e 07 a 13 de Junho, com um total de 151 e 144 casos, respectivamente.
De acordo com o documento, a semana de 29 de Março a 04 de Abril continua sendo a que menos casos registou (dois), sendo seguida pelas semanas de 22 a 28 de Março e de 03 a 09 de Maio, que registaram cada oito casos de infecção pelo novo coronavírus. A presente semana, refira-se, já registou um cumulativo de 72 casos.
Aliás, o mês de Julho pode bater um novo recorde de infecções. De acordo com o documento, até ao momento, foram diagnosticados 618 casos desde que iniciou o mês de Julho, contra os 635 casos registados no mês de Junho. Lembre-se que, em Março, o país só diagnosticou oito casos, tendo detectado mais 68 casos em Abril e 178 no mês de Maio.
A análise epidemiológica revela ainda que pessoas com idades entre 30 e 39 anos de idade são as mais infectadas pelo vírus (445), seguindo cidadãos na faixa etária dos 20 a 29 anos de idade (409) e indivíduos na faixa etária dos 40 a 49 anos de idade (209).
De acordo com as autoridades da saúde, até ao momento, 47.778 pessoas foram submetidas ao teste do novo coronavírus, das quais 18.270 neste mês (Julho), 18.639 no mês passado (Junho), 8.802 em Maio, 1.800 em Abril e 267 no mês de Março.
Referir que a vigilância activa continua sendo responsável pelo diagnóstico de grande parte dos casos de Covid-19. Só na última semana, foi responsável pelo diagnóstico de 203 casos, sendo que a vizinha África do Sul foi responsável pela importação de 58 casos. (Carta)
Clientes da empresa Águas da Região de Maputo – responsável pela gestão dos serviços de abastecimento de água à região do Grande Maputo – denunciam a emissão de facturas com valores astronómicos, desde o início do Estado de Emergência.
De acordo com os denunciantes, que residem no Distrito Municipal de KaMubukwana, na capital do país, desde Abril último que a Águas da Região de Maputo cobra, mensalmente, entre 1.500 Mts a 3.200 Mts, contra os 250 Mts a 350 Mts que eram facturados nos meses anteriores.
Beatriz Bila, residente no bairro de Inhagoia “A”, contou à “Carta” que a empresa explicou que os valores resultam de cálculos estimados, o que, na sua óptica, facilita a especulação de facturas. A entrevistada afirmou ser impossível ter de pagar mais de 500 Mts por mês, pois, nunca houve alterações no consumo de água, assim como não possui facturas em débito (ainda não pagas).
Por seu turno, Adérito Borges, residente no bairro do Bagamoyo, conta que, nos últimos três meses, a Águas da Região de Maputo apenas emitiu facturas, cujo consumo foi estimado, tendo sido cobrado valores de longe superiores aos que pagava nos meses anteriores. A fonte disse não entender a proveniência dos valores facturados e que os mesmos encontram acolhimento por parte de alguns munícipes do seu bairro.
Já Maria Silvestre, residente no bairro 25 de Junho, disse estar a buscar explicações junto da empresa em torno das astronómicas facturas, porém, esta afirma que os valores aumentaram devido à Covid-19. Ou seja, com a necessidade de se redobrar os cuidados de higiene pessoal e colectiva, “quadruplicou” o consumo da água.
Maria Silvestre, de 65 anos de idade, explica que nunca pagou mais de 350 Mts e que, nem com a Covid-19, o seu nível de consumo de água alterou.
Para entender as razões que levam a empresa a emitir facturas com consumo estimado, “Carta” contactou, na passada quinta-feira, as Águas da Região de Maputo que prometeu pronunciar-se na passada sexta-feira. Porém, na sexta-feira, manteve-se no silêncio. (O.O.)
Um total de 477.786 títulos de Direito do Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT) foram emitidos, em todas as províncias do país, desde Novembro de 2017, fruto do processo de registo e regularização de terra, através do Programa Terra Segura, uma iniciativa do extinto Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), lançado em 2015, com objectivo de reforçar o sistema de administração e gestão de terras.
Os dados foram partilhados pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante o lançamento do processo de auscultação pública sobre a revisão da Política Nacional de Terras, que teve lugar na passada quinta-feira, no Município da Matola, província de Maputo.
Segundo o Chefe de Estado, os títulos de DUAT emitidos neste período resultaram do registo de cerca de 1 milhão e 602 mil parcelas de terras de “ocupantes de boa-fé”, sendo que os titulares de 37% das parcelas registadas são mulheres.
No seu discurso, Filipe Nyusi disse ainda que, desde Novembro de 2017, mês em que teve lugar a IX Sessão do Fórum de Consultas sobre Terras, as autoridades receberam cerca de 11.3 mil novos pedidos de DUAT para actividades económicas e/ou sociais, correspondentes a cerca de 5.3 milhões de hectares, tendo sido emitidos cerca de 7.890 autorizações provisórias e, destas, 3.211 transitaram em autorizações definitivas.
“Delimitamos um total de 690 comunidades locais, cobrindo pouco mais de 4.5 milhões de hectares, das quais um total de 583 comunidades receberam a certidão”, disse o Chefe de Estado.
Entretanto, segundo o Presidente da República, neste período, as autoridades descobriram que cerca de 1.3 milhão de hectares se encontravam em situação de não aproveitamento (dos 6.5 milhões de hectares fiscalizados), pelo que decorrem actos administrativos com vista à reversão desta área a favor do Estado.
“Ainda, devido ao incumprimento dos planos de exploração, extinguimos um total de 74 DUAT’s, correspondentes a cerca de 7.780 hectares, reverteram a favor do Estado”, afirmou Filipe Nyusi. (Carta)
Mais 64 pessoas foram declaradas totalmente curadas da infecção pelo novo coronavírus. O anúncio foi feito este domingo pelo Ministério da Saúde (MISAU), em mais um comunicado de imprensa de actualização de dados em relação à doença no território nacional.
De acordo com o documento, os recuperados são moçambicanos, sendo que 58 se encontram na província de Nampula, a mais afectada pela pandemia; três na província de Inhambane; dois na província de Maputo; e um na província da Zambézia. Assim, o país conta com um total de 472 recuperados da doença.
Entretanto, até este domingo, as autoridades da saúde tinham registado um total de 1.491 casos positivos do novo coronavírus, fruto do diagnóstico de mais 56 novas infecções, das quais 51 foram contraídas no território nacional e cinco fora do país.
Segundo as autoridades da saúde, duas pessoas foram diagnosticadas a doença na província de Cabo Delgado; duas na província de Nampula; duas na província da Zambézia; duas na província de Tete; duas na província de Manica; 38 na província de Maputo; e oito na cidade de Maputo. Todos se encontram em isolamento domiciliar e, neste momento, decorre o rastreio de contactos.
A nota enviada pelo Ministério da Saúde refere ainda que o país conta, neste momento, com sete doentes internados devido à Covid-19 e outras doenças associadas a esta pandemia, dos quais um na província de Cabo Delgado, dois na província de Nampula e quatro na Cidade de Maputo.
Com os 10 óbitos registados até agora, o país conta ainda com 1.007 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. (Marta Afonso)
A Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, afirmou, esta quinta-feira, que o sucesso do retorno às aulas presenciais “só poderá acontecer se tivermos a colaboração dos pais e encarregados de educação’”. O pronunciamento foi feito durante a abertura da reunião entre o Ministério e os Presidentes do Conselho de Escolas da capital do país, que teve lugar na Escola Secundária Josina Machel.
No seu discurso de abertura, Namashulua disse que os pais são responsáveis por preparar os filhos em casa, pelo que devem ensiná-los como proceder durante o percurso à escola, como se comportar no recinto escolar, assim como explicar que o material didáctico não pode ser partilhado.
“Existem, em todo o país, 667 escolas secundárias e, neste momento, estamos a fazer intervenções naquelas que devem receber alunos nesta primeira fase. Entretanto, nem todas as que leccionam a 12ª classe têm condições adequadas para o retorno, razão pela qual, o sector da Educação e o das Obras Públicas alocaram 3.5 mil milhões de Mts para a criação de condições, como seja reabilitar casas de banho, abrir furos de água, reabilitar as casas de banhos que não estejam em condições”, referiu.
Segundo a Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, para além de preparar as escolas, o sector da Educação tem estado a sensibilizar os pais e encarregados de educação para que possam, em conjunto, participar no processo.
Por seu turno, a Presidente do Conselho da Escola Secundária Josina Machel, Arsénia Fátima Langa, afirmou que a maior inquietação dos pais e encarregados de educação é saber se estão criadas todas as condições para receber os alunos perante a pandemia que assola o país e o mundo.
Já o Secretário do Conselho de Escolas da cidade de Maputo, Dionísio Manhiça, garantiu que estão conscientes que ainda existem algumas dificuldades, no que diz respeito à criação de condições para o regresso dos alunos, entretanto, tem estado a fazer um trabalho com os encarregados de educação com vista a eliminar as pequenas falhas que possam existir. (Marta Afonso)
Mais 53 novas infecções pelo novo coronavírus foram diagnosticadas em 24 horas, pelas autoridades da saúde, elevando para 1.383, o número total de pessoas infectadas pela doença, desde Março último, sendo 1.239 de transmissão local e 144 infecções importadas.
Segundo a Directora Nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, que falava esta quinta-feira, em conferência de imprensa, os casos reportados resultam da vigilância activa nas unidades sanitárias e do rastreio de contactos.
A fonte afirmou que todos são moçambicanos, sendo que 44 se infectaram no território nacional e nove no estrangeiro. Quatro estão na província do Niassa; 20 na província de Cabo Delgado; cinco na província de Nampula; um na província de Inhambane; quatro na província de Gaza; seis na província de Maputo; e 13 na cidade de Maputo. Todos se encontram em isolamento domiciliar.
Na conferência de imprensa desta quinta-feira, as autoridades da saúde anunciaram ainda o internamento de uma pessoa na cidade de Nampula e saída de outro cidadão do hospital na cidade de Maputo, pelo que o país ainda continua com o cumulativo de sete internamentos, devido à Covid-19, dos quais um na província de Nampula, um na província de Gaza, um na província de Maputo e quatro na cidade de Maputo.
A Directora Nacional de Saúde Pública garantiu ainda que o país registou mais cinco casos totalmente recuperados da Covid-19, sendo três na província de Sofala e dois na província de Maputo. Todos são moçambicanos e cumpriram com isolamento domiciliar. (Marta Afonso)